O patrão: memórias e histórias

Autores

  • Rita Lírio de Oliveira Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura - Universidade Federal da Bahia (UFBA)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2014v14n21p142

Resumo

Este artigo tem por escopo analisar o texto ficcional O patrão (1978), do autor bai­ano Euclides Neto (1925-2000), considerando as memórias individual e coletiva recons­truídas pelo autor em suas narra­tivas e a inter-relação das mesmas com a história da civiliza­ção ca­caueira sul-baiana. Para tanto, recorre-se às premissas teóricas acerca da memória, discutidas por Maurice Halbwachs (2006) e Pierre Nora (1981); e nas discussões acerca da história e da história genealógica, leva-se em conta a concepção nietzschiana, re­tomada por Michel Fou­cault (1995). Conclui-se que Euclides Neto assume o seu próprio olhar, perspec­tivo, diante da realidade da civilização cacaueira, trazendo uma versão que propõe ver a histó­ria sob a pers­pec­tiva dos trabalhadores rurais oprimidos. Possibi­lita, então, uma contra-histó­ria, na busca de se repensar as margens, oportunizando àqueles que foram silenciados por muito tempo em uma sociedade extremamente marcada pela opressão da classe dominante, o direito à voz e à resistência.

Biografia do Autor

Rita Lírio de Oliveira, Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura - Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Doutoranda em Literatura e Cultura UFBA/BA; Mestra em Letras: Linguagens e Representações UESC/BA; Professora de Língua Portuguesa, Literatura e Metodologia Científica (UNIME/Itabuna, FAINOR).

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Publicado

2014-01-27