Rubem Fonseca e o selo do terror

Autores

  • Gabriel Domício Medeiros Moura Freitas Universidade Federal da Paraíba (UFPB) / Grupo de Pesquisa em Estudos de Literatura e Sociedade Contemporânea (GELISC)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2014v14n21p51

Resumo

Em 1969, o conto “O quarto selo (Fragmento)”, de Rubem Fonseca, é publicado no livro de con­tos intitulado Lúcia McCartney. Esta narrativa surge um ano depois da publicação do Ato Insti­tucional nº 5 (AI-5), o qual representou a potencialização do autoritarismo estatal no Brasil. Neste sentido, a relação en­tre tal circunstância histórica e o referido texto literário é considerada em nossa análise. A propósito, consi­deramos a inspiração relativa ao Apocalipse bíblico para a composição da respectiva trama, bem como os possíveis significados simbólicos decorrentes ali configurados. As­sim, o terror e a brutalidade esteticamente representados podem ser entendidos em dois sentidos: uma sutil denúncia contra as práticas autoritárias estatais então vigentes; além disto, estas represen­tações surgem como uma profecia distópica. Por outro lado, os momentos de ruptura da causalidade presentes na produção literária também são discutidos. Logo, eles são analisados segundo as rela­ções entre forma e conteúdo artisticamente configuradas.

Biografia do Autor

Gabriel Domício Medeiros Moura Freitas, Universidade Federal da Paraíba (UFPB) / Grupo de Pesquisa em Estudos de Literatura e Sociedade Contemporânea (GELISC)

Graduado e mestre em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Pesquisador vinculado ao Grupo de Pesquisa em Estudos de Literatura e Sociedade Contemporânea (GELISC/CNPq/UFPB).

Downloads

Publicado

2014-01-27