Memórias da dor: a escrita como um território de libertação, empoderamento e resistência em Tropical sol da liberdade

Autores

  • Camila Marchesan Cargnelutti Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Anselmo Peres Alós Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2014v14n21p68

Resumo

Nesse artigo, analisa-se o romance Tropical sol da liberdade (1988), da escritora brasileira Ana Maria Machado, publicado no contexto pós-ditatorial brasileiro. Observamos alguns aspectos da protago­nista, Lena, como mulher duplamente oprimida — por suas ideologias e por seu gênero. In­vestigamos também a tentativa de reconstrução pós-traumática de sua história e de sua identidade a partir da escrita literária. O romance proporciona uma leitura alternativa do contexto da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) a partir de uma visão feminina. Além disso, tanto a autora quanto a personagem rejeitam o silenciamento das vozes femininas, promovem um rompimento com o papel de subordinação historicamente reservado às mulheres e contribuem para a desconstrução da representação tradicional do gênero feminino, dentro e fora do campo literário.

Biografia do Autor

Camila Marchesan Cargnelutti, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Discente do Programa de Pós-Graduação em Letras - Mestrado Estudos Literários da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Jornalista formada pela mesma instituição. 

Anselmo Peres Alós, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Docente do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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Publicado

2014-01-27