Três leitores

Autores

  • Bruna Carolina Domingues dos Santos Carvalho Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2018v18n29p120

Resumo

A novela Palmeiras selvagens, de William Faulkner, dispara, neste artigo, o gesto anacrônico e arquifilológico com o qual procede o crítico Raúl Antelo em boa parte de suas reflexões: o gesto de, em vez de ler um texto em si mesmo ou em seu autor, lê-lo em seu leitor. Persigo, em vestígios dispersos por entre cartas, diálogos, entrevistas, a montagem de uma cena em que os cineastas Glauber Rocha, Jean-Luc Godard e o escritor Jorge Luis Borges travam uma conversa silenciosa em torno desse um livro. Tais traduções e leituras frustram formalizações e desobedecem a cânones. Produzem-se aos saltos, tal como projetou Macedonio Fernández em seu Museo de la novela de la eterna.

Biografia do Autor

Bruna Carolina Domingues dos Santos Carvalho, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (PPGMS/Unirio).

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Publicado

2018-09-05