Templos que são fantasmas: bandeira, ouro e megahype
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-784X.2019v19n30p10Resumo
O capitalismo contemporâneo entendido como modernidade metropolitana marca uma virada nos escritos estéticos de Bandeira. Em algumas das crônicas dos anos 20, ele empreende uma pesquisa sobre a essência da tragédia cultural como jogo de contrastes entre os impulsos da verossimilhança apolínea e a verdade dionisíaca. Esse enfoque formal evoca os meios tecnológicos, bem como certas práticas vanguardistas vindas não apenas de Paris mas também da modernidade mexicana.Referências
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