A tensão entre o privado e o público na tragédia ‘Hipólito’, de Eurípides

Autores

  • Fernando Crespim Zorrer da Silva Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2019v19n30p100

Resumo

Discutir o ‘privado’ e o ‘público’ em uma tragédia grega demanda que se preocupe com diversas questões, como, por exemplo, a posição da mulher e a do homem na casa, a atuação masculina na pólis e até mesmo a presença dos  deuses nas relações humanas. A tragédia Hipólito de Eurípides nos proporciona um debate sobre os limites entre o ‘privado’ e o ‘público’, ressaltando como o homem e a mulher oscilam nesse caminho de conhecimento do mundo. Por peculiaridade de toda a cena dramática, a narrativa ocorre quando Teseu está ausente de casa sem que se saiba onde está e nem há o conhecimento se está vivo; é o momento da desintegração da sua família e consequentemente o limite do privado e do público das personagens se transforma.

Biografia do Autor

Fernando Crespim Zorrer da Silva, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui graduação em Licenciatura em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1995) e Mestrado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). Em 2007, concluiu o Doutorado em Letras Clássicas na USP. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Grega, atuando principalmente nos seguintes temas: Literatura Grega e Literatura Comparada. Atualmente é Bolsista de Pós-Doutorado na Universidade do Espírito Santo.

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Publicado

2020-05-13