Babel - vista dos anacronismos da revista

Autores

  • Luísa Cristina dos Santos Fontes UEPG - Ponta Grossa, PR.

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784x.2008v8n12p81

Resumo

Em um de seus contos mais conhecidos, “A Biblioteca de Babel”, que integra o livro Ficções – de 1944, Borges constrói uma “situação filosófico-narrativa”, na expressão de Beatriz Sarlo1, para explicar a realidade como uma biblioteca sem fim que abriga uma quantidade também infinita de livros, em sua maioria, inúteis. Um dos bibliotecários, narrador do conto, explica que se supõe que cada volume contenha uma possibilidade de realidade, por isso a busca por alguém que consiga decifrar os volumes escritos em línguas desconhecidas. Talvez o cerne de toda a obra borgiana, na realidade (se é que essa expressão tem algum efeito falando de Borges), absolutamente presente em Ficções, mais ainda no conto “A Biblioteca de Babel”, seja a questão do real e sua relação com a linguagem. “A Biblioteca de Babel” é o universo, um caos insolitamente ordenado e inesgotável, onde cada homem pode encontrar justificativas para sua própria existência.

Biografia do Autor

Luísa Cristina dos Santos Fontes, UEPG - Ponta Grossa, PR.

possui graduação em Licenciatura em Letras Português Inglês pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1989), graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1981) e Mestrado em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina (1997). Atualmente é professor assistente da Universidade Estadual de Ponta Grossa e doutoranda em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: escritoras brasileiras, memória, identidade, Helena Kolody.

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Publicado

2008-10-31