A literatura tem sido pródiga a respeito da gestão do conhecimento e, nela, do compartilhamento do conhecimento. Afirma a existência de uma era do conhecimento e a importância da captura e transferência do conhecimento individual e coletivo. De tão repetidas, essas ideias revestiram-se de legitimidade, pouco provocando discussões acerca das circunstâncias que suportam o compartilhamento e dos motivos grupais que podem, ou não, fazê-lo acontecer. Eis aí a lacuna percebida que motivou o presente estudo. Baseado em uma metodologia desconstrucionista, ele levanta a seguinte questão: que circunstâncias e motivos podem facilitar ou dificultar o compartilhamento do conhecimento nas organizações? Em outras palavras: quais as possibilidades e limitações de tal compartilhamento? Com base na extensa literatura clássica e contemporânea a respeito de grupos na organização, assim como na pesquisa de campo levada a efeito em duas organizações, o estudo conclui que grupos, indivíduos e organizações sofrem e exercem, permanentemente, ações contraditórias e que ações organizacionais que visam ao compartilhamento do conhecimento devem admiti-las. Elementos polares, como cooperação e competição, individualidade e conformidade, liberdade de expressão e inibição de sentimentos caracterizam circunstâncias e motivos que podem, de um lado, se apresentar como possibilidades de compartilhamento do conhecimento e, de outro, como limitações.
Palavras-chave: desconstrução, vontade, disponibilidade, contradição, polaridade.
Perito Criminal Federal da Polícia Federal, atuante na área contábil e econômica; Chefe do Serviço de Logística da Diretoria Técnico Científica; Atuou como Diretor de negócios em Bancos nacionais e estrangeiros e empresas multinacionais; Atuou também como professor em nível superior e como consultor de empresas.
M.Sc. em Gestão Empresarial, Engenheiro de Produção e Economista.