Análise das mordidas de tubarões-charuto, Isistius spp. (Squaliformes: Dalatiidae) em cetáceos (Mammalia: Cetacea) no litoral da Bahia, Nordeste do Brasil.

Autores

  • Luciano Raimundo Alardo Souto Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos do Instituto Mamíferos Aquáticos; Universidade Católica do Salvador
  • Janete Gomes Abrão Oliveira Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos do Instituto Mamíferos Aquáticos; Universidade Católica do Salvador
  • José de Anchieta Cintra da Costa Nunes Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos – Biota Aquática; Universidade Católica do Salvador
  • Rodrigo Maia-Nogueira Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos – Biota Aquática
  • Cláudio L. S. Sampaio Programa de Pós-graduação em Zoologia, Departamento de Sistemática e Ecologia, Universidade Federal da Paraíba

Resumo

Poucos estudos registraram sinais de mutilações em cetáceos no Brasil, especialmente aqueles provenientes de ataques de tubarões. O presente trabalho descreve interações entre tubarões-charuto, Isistius spp., e cetáceos através dos registros e análises de mordidas presentes em carcaças de cetáceos encalhados no litoral baiano, entre 1996 e 2005. Foram obtidos 20 registros de mordidas em 13 espécies de cetáceos, sendo a família Delphinidae a mais freqüente. Após análise das mordidas, Isistius plutodus foi identificado como espécie agressora em 80% dos casos, seguida de I. brasiliensis com base na forma característica das mutilações. No presente estudo as regiões dos cetáceos mais atacadas foram: flancos, 40%; cabeça e região abdominal, ambas com 20%; dorso com 15% e por último, a região urogenital com 5%. A concentração das mordidas na região dos flancos, provavelmente se deu por ser uma área maior, sendo acessada mais facilmente pelos tubarões-charuto. Apenas três mordidas foram relacionadas como possíveis causas dos encalhes de três espécies de delfinídeos. Sugerimos a intensificação dos estudos acerca das interações entre tubarões e cetáceos em todo o litoral brasileiro.

Biografia do Autor

Luciano Raimundo Alardo Souto, Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos do Instituto Mamíferos Aquáticos; Universidade Católica do Salvador

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Católica do Salvador, UCSAL. Atualmente é Curador da Coleção Científica do Instituto Mamíferos Aquáticos.

Mais informações no Currículo Lattes.

Janete Gomes Abrão Oliveira, Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos do Instituto Mamíferos Aquáticos; Universidade Católica do Salvador

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Católica do Salvador. Colaboradora do Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos - BIOTA Aquática. É mergulhadora avançado PADI.

Mais informações no Currículo Lattes.

José de Anchieta Cintra da Costa Nunes, Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos – Biota Aquática; Universidade Católica do Salvador

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica do Salvador (2007). Mestrando em Ecologia e Biomonitoramento pela Universidade Federal da Bahia.

Mais informações no Currículo Lattes.

Rodrigo Maia-Nogueira, Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos – Biota Aquática

Atualmente é pesquisador do Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos e trabalha no setor Técnico da Preserv Ambiental.

Mais informações no Currículo Lattes.

Cláudio L. S. Sampaio, Programa de Pós-graduação em Zoologia, Departamento de Sistemática e Ecologia, Universidade Federal da Paraíba

Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia, Mestrado e Doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal da Paraíba.

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

2007-01-01

Edição

Seção

Artigos