Morfologia dos dentes do bicho-preguiça de coleira (Bradypus torquatus), Illiger, 1811

Autores

  • Rose Eli Grassi Rici Azarias Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia/Setor de Anatomia Universidade de São Paulo Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-000, São Paulo – SP.
  • Carlos Eduardo Ambrósio Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia/Setor de Anatomia Universidade de São Paulo Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-000, São Paulo – SP.
  • Daniele dos Santos Martins Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia/Setor de Anatomia Universidade de São Paulo Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-000, São Paulo – SP.
  • Vera Lucia de Oliveira CEPLAC – Reserva Zoobotânica Matinha – BA
  • Edson Benetti Universidade Paulista – UNESP/Botucatu
  • Jussara Rocha Ferreira Universidade de Brasília
  • Maria Angélica Miglino Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia/Setor de Anatomia Universidade de São Paulo Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-000, São Paulo – SP.

Resumo

As preguiças são exclusivamente herbívoras, alimentando-se de folhas, flores, brotos, talos verdes e frutos, de apenas duas espécies de árvores.  A anatomia do dente é o alvo desta pesquisa, que teve como objetivo
estabelecer dados comparativos de sua dentição com a de outros mamí- feros, inclusive o homem. Para este estudo foram utilizados doze animais, compreendendo machos, fêmeas e natimortos, todos da espécie  Bradypus torquatus. Foram realizados exames macroscópicos e radio- gráficos, além dos estudos de microscopia de luz utilizando técnicas  de desgaste e descalcificação. Os animais nascem dentados, apresentando em cada hemiarcada, cinco dentes na maxila, e quatro na mandíbula, totalizando 18 dentes. A morfologia do dente nestes espécimes é fortemente relacionada aos hábitos alimentares e as arcadas  dentárias (maxilar e mandíbular), apresentam dentes de formato semelhante, indicando não existir uma especialização dental. Os dentes apresentam as faces lingual, vestibular, distal, mesial e oclusal, destacando-se ainda a presença de cúspides. Os componentes estruturais  dos dentes são cemento, dentina externa, dentina interna e polpa. É possível identificar um tecido situado entre ocemento e a dentina externa contendo túbulos dentinais, contínuos com aqueles da dentina externa e canais vasculares da dentina interna. Esta investigação poderá subsidiar a busca de respostas para sugestão de uma dieta alimentar adequada ao animal em cativeiro.

Biografia do Autor

Rose Eli Grassi Rici Azarias, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia/Setor de Anatomia Universidade de São Paulo Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-000, São Paulo – SP.

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia/Setor de Anatomia Universidade de São Paulo
Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-000, São Paulo – SP.

Carlos Eduardo Ambrósio, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia/Setor de Anatomia Universidade de São Paulo Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-000, São Paulo – SP.

Carlos Eduardo Ambrósio  Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 Possui graduação pela Faculdade de Medicina Veterinária da Fundação de Ensino Octávio Bastos - São João da Boa Vista, SP (1999), mestrado em Anatomia dos Animais Domésticos pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - USP (2001) e doutorado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - USP (2004). Pós-doutorado junto ao Centro de Estudos do Genoma Humano Instituto de Biociências da USP entre abril/2005 a abril/2007.Atualmente é professor livre docente, do novo curso de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo, localizado no campus de Pirassununga, junto a FZEA (Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos). Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase nos seguintes temas: anatomia, morfologia, placenta, células-tronco e biotecnologia da reprodução. Atualmente integra grupos de pesquisa em células-tronco e terapia celular, e coordena projeto Jovem Pesquisador FAPESP com parceria com a UC/Davis - California. É orientador (nível mestrado e doutorado do Programa de pós-graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres da FMVZ/USP, campus São Paulo. Certificado pelo autor em 21/09/11

Daniele dos Santos Martins, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia/Setor de Anatomia Universidade de São Paulo Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-000, São Paulo – SP.

Daniele dos Santos Martins  Possui graduação em Medicina Veterinária pela Fundação de Ensino Octávio Bastos (2001), mestrado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo (2003) e doutorado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo (2006). Atualmente é professor doutor da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Ciências em Animais de laboratório, Animais silvestres, Bem-estar animal, Morfologia dos animais domésticos e Silvestres e utilização de células tronco em modelos animais. Certificado pelo autor em 21/09/11

Vera Lucia de Oliveira, CEPLAC – Reserva Zoobotânica Matinha – BA

Vera Lúcia de Oliveira  possui graduação em Ciências Biológicas pelo Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (1987) e especialização em Biologia dos Vertebrados pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1995) . Atualmente é sem vínculo do Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. 10/08/07 Certificado pelo autor em 10/08/07

Edson Benetti, Universidade Paulista – UNESP/Botucatu

Edson José Benetti  Graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas - Faculdade de Ciências - Bauru pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995), mestrado em Ciências Biológicas - Anatomia/Biologia Estrutural - IB - Botucatu pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001) e doutorado em Ciências - Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (2005). Atuou como professor no Centro Universitário de Rio Preto (UNIRP), onde ministrou aulas de Anatomia Humana e Metodologia da Pesquisa Científica nos diversos cursos da graduação (Enfermagem, Nutrição, Educação Física, Farmácia-Bioquímica, Medicina Veterinária e Odontologia). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Goiás, lotado no Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas (DMORF/ICB/UFG). Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Anatomia, atuando principalmente nos seguintes temas: anatomia e microscopia do sistema cardiovascular (coração e vasos) dos vertebrados [Peixes (Liposarcos anisitsi); Anfíbios (rã touro - Rana catesbeiana) e; Mamíferos (Dasypus novemcinctus e Didelphis azarae - arco aórtico)]. Certificado pelo autor em 20/04/11

Jussara Rocha Ferreira, Universidade de Brasília

Jussara Rocha Ferreira  Graduada em Medicina Veterinária (UFG, 1973), Mestre em Biologia Celular (UFPR, 1983), Especialista em Técnicas Anatômicas (UFG, 1986), Doutora em Medicina Veterinária, área de concentração Anatomia dos Animais Domésticos (FMVZ/USP, 1997). Professora Titular de Anatomia aposentada pelo Instituto de Ciências Biológicas da UFG, atualmente é professora Adjunta de Anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, pesquisadora associada da Universidade Estadual de Maringá, com vínculo específico em projetos de difusão e popularização do conhecimento ligados ao Museu Dinâmico Interdisciplinar (MUDI/UEM). Tem ampla experiência em Técnicas Anatômicas para fins de implantação de planos diretores físicos de laboratórios didáticos e de pesquisa. Participa do corpo de consultores de periódicos nacionais atuando na área de Morfologia, macro e mesoscópica dos sistemas animais e suas aplicações. Trabalha com: difusão e popularização do conhecimento desde 1980 e pertence ao Corpo Editorial do Periódico Arquivos do MUDI; desenvolve pesquisas em anatomia comparada de primatas; anatomia comparada de animais silvestres; participa de projetos de formação de recursos humanos para o ensino de ciências e educação científica; desenvolvendo atualmente projeto de Inovação Tecnológica para produção de livros didáticos e de difusão do conhecimento em morfologia. Certificado pelo autor em 25/02/11

Maria Angélica Miglino, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia/Setor de Anatomia Universidade de São Paulo Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-000, São Paulo – SP.

Maria Angelica Miglino  Bolsista de Produtividade em Pesquisa 1A Maria Angélica Miglino concluiu o Doutorado em Ciências (Anatomia Funcional Estrutura e Ultra Estrutura) pela Universidade de São Paulo em 1985. Atualmente é Professora titular da Universidade de São Paulo. Publicou 341 artigos em periódicos especializados. Possui 6 capítulos de livros e 2 livros publicados. Orientou 42 Dissertações de Mestrado e 39 Teses de Doutorado e Co Orientou 3 Teses de Doutorado, além de ter orientado 55 trabalhos de Iniciação Científicas, Supervisionou 10 pós Doutorandos. Recebeu prêmio e homenagens. Atua na área de Medicina Veterinária, Ciências Morfológicas, Biologia do Desenvolvimento com ênfase à Placenta e Placentação, e Terapia Celular em Modelos Animais Certificado pelo autor em 04/10/11

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Publicado

2006-01-01

Edição

Seção

Artigos