Fenologia reprodutiva, polinização e sistema reprodutivo de Sophora tomentosa L. (Leguminosae – Papilionoideae) em restinga da praia da Joaquina, Florianópolis, sul do Brasil

Autores

  • Elisa Maria Lisboa Nogueira Pós-Graduação em Biologia Vegetal, UFSC
  • Vera Lícia Vaz de Arruda Departamento de Ecologia e Zoologia, Universidade Federal de Santa Catarina Campus Universitário – Trindade CEP: 88.040-970, Florianópolis, SC

Resumo

Sophora tomentosa floresce de outubro até o início de junho. A frutificação começa logo após o início do período de floração e se estende até o início da floração seguinte. A antese da flor é diurna, não havendo um horário definido para a sua abertura. Em cada inflorescência abrem de duas a cinco flores por dia, sendo que cada uma dura de quatro a cinco dias. Sophora tomentosa apresenta uma taxa de polinização aberta de 78%, polinização cruzada de 70%, autopolinização espontânea de 48% e agamospermia de 18%. Das espécies de abelhas que visitam as flores de S. tomentosa, Pseudocentron sp. (Megachilidae) apresenta características de um polinizador eficiente. As abelhas Xylocopa (Megaxylocopa) brasilionorum e Dialictus (Chloralictus) sp. também podem efetuar a polinização. Epicharis sp. (Antophoridae) e Augochloropsis sp. (Halictidae) foram visitantes raramente observados em S. tomentosa. Outros visitantes florais foram a borboleta Panoquina panoquinoides eugeon (Hesperiidae), os besouros Lystronychus sp. (Alleculidae) e Horistonotus sp. (Elateridae) e a formiga Camponotus rufipes (Formicidae). Lystronychus sp. e Camponotus rufipes podem efetuar
autopolinização.

Biografia do Autor

Elisa Maria Lisboa Nogueira, Pós-Graduação em Biologia Vegetal, UFSC

Elisa Maria Lisboa Nogueira  Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Viçosa (1993) e mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003). Tem experiência de docência na área de Botânica e Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: Impactos Ambientais, Gestão de Resíduos Sólidos, Gestão de Recursos Hídricos, Ecologia Vegetal, Morfologia Floral, Polinização e Frutificação. Ministra aulas em cursos de ensino médio, ensino profissionalizante e cursos de especialização lato sensu. Certificado pelo autor em 29/10/10

Vera Lícia Vaz de Arruda, Departamento de Ecologia e Zoologia, Universidade Federal de Santa Catarina Campus Universitário – Trindade CEP: 88.040-970, Florianópolis, SC

Vera Lícia Vaz de Arruda  possui graduação em Bacharelado e Licenciatura Em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (1975), mestrado em Biologia Celular e Estrutural pela Universidade Estadual de Campinas (1979) e doutorado em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas (1990). Atualmente é professora aposentada da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: educação ambiental, restinga, educação infantil. Certificado pelo autor em 07/04/08

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Publicado

2006-01-01

Edição

Seção

Artigos