Efeitos da salinidade, temperatura e concentração de fósforo na composição química de Gelidium crinale (Turner) Lamouroux (Gelidiaceae, Rhodophyta)

Autores

  • Paulo Nelo Medeiros Perfeto
  • Albano Schwarzbold Programa Pós Graduação em Botânica – UFRGS
  • Lúcia Rebello Dillenburg Programa Pós Graduação em Botânica – UFRGS

Resumo

O efeito das diferentes condições de cultivo (temperatura, salinidade e fósforo inorgânico dissolvido), sobre os talos de Gelidium crinale, foi estudado durante uma semana. A maior produção de proteínas ocorreu em cultivos onde a temperatura foi de 25 °C, em concentrações de 5,0 e 10,0 ?M de fósforo inorgânico dissolvido e salinidade entre 15 e 20 ups, cujos valores médios do incremento variaram entre 2,42 a 2,83 % peso seco de alga. Para carboidratos não foi observada uma interação de terceira ordem através da análise estatística, somente interações de segunda ordem entre temperatura e diferentes concentrações de fósforo inorgânico (P < 0,005) e temperatura e salinidade (P < 0,000). O maior incremento de fósforo nos talos da alga (0,80 %) ocorreu na menor temperatura (15 °C), associada à baixa salinidade (10 ups) e alta concentração de fósforo inorgânico no meio (10,0 ?M). O coeficiente de correlação de Pearson revelou correlações positivas (P < 0,001) entre teor de proteína, temperatura e fósforo inorgânico dissolvido no meio de cultivo. Para carboidratos, as correlações foram positivas com os três parâmetros abióticos. Fósforo tecidual apresentou uma relação positiva com o fósforo inorgânico disponível no cultivo; com salinidade e temperatura esta correlação foi negativa. Entre os componentes químicos, proteínas e carboidratos apresentaram uma relação positiva, porém fósforo tecidual apresentou uma correlação negativa com ambos, embora com proteínas esta relação não tenha sido significativa.

Biografia do Autor

Albano Schwarzbold, Programa Pós Graduação em Botânica – UFRGS

Possui Graduação em História Natural pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Mestrado em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Mais informações no Currículo Lattes.

Lúcia Rebello Dillenburg, Programa Pós Graduação em Botânica – UFRGS

Conluiu Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Botânica da University of Maryland at College Park (EUA). Atualmente é professora associada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul junto ao Departamento de Botânica, Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e membro da Comissão de Pós-Graduação do PPG Ecologia da UFRGS.

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

2005-01-01

Edição

Seção

Artigos