Anatomia do tubo digestivo de Salminus brasiliensis (Cuvier, 1817) (Pisces, Characidae, Salmininae)
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7925.2008v21n2p65Resumo
O tubo digestivo de Salminus brasiliensis (dourado) mostra adaptações anatômicas ao hábito alimentar carnívoro, ictiófago: esôfago e estômago, em especial a região cecal, apresentam-se consideravelmente distensíveis e o intestino relativamente curto. A grande distensibilidade da parede do intestino anterior deve-se, principalmente, ao padrão da mucosa, que apresenta pregas longitudinais. No intestino anterior, a condução do alimento é facilitada pelo padrão longitudinal das pregas da mucosa. No esôfago e na região pilórica, relacionados com a propulsão do alimento para o órgão seguinte, a túnica muscular é mais desenvolvida do que no restante do tubo digestivo. O esfíncter pilórico regula o fluxo do alimento para o intestino médio. Em função do padrão da mucosa dos intestinos médio e posterior, em rede, o material em processamento pode perma- necer neles retido por um período maior. A área efetiva de absorção intestinal é ampliada em função da estrutura tubular do intestino médio, das pregas da mucosa e dos cecos pilóricos. O tubo digestivo de S. brasiliensis assemelha-se em estrutura ao de outros Salmininae e ao da maioria dos Characiformes ictiófagos como Acestrorhynchus britskii e A. lacustris, embora nestes dois seja encontrada a valva ileorretal; e difere do tubo digestivo de Hoplias malabarius e H. lacerdae, em que o esôfago tem calibre variável, o estômago possui a cárdica mais ampla e o arranjo intestinal é diferente de “N”, além da presença da valva ileorretal.
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