Resistência ao fogo em uma população de Cyathea atrovirens (Langsd. & Fisch.) Domin (Cyatheaceae) no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Carlos Rodrigo Lehn Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Caroline Leuchtenberge Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2008v21n3p15

Resumo

Cyathea atrovirens (Langsd. & Fisch.) Domin é uma samambaia arborescente que no Estado do Rio Grande do Sul ocorre desde o nível do mar até áreas com aproximadamente 300m de altitude. Monitoramos uma população de C. atrovirens formada por 10 indivíduos, atingida por uma queimada, no município de Campo Bom, Rio Grande do Sul, Brasil. A população estudada situa-se em local desprovido de vegetação, em um barranco úmido à beira do km 11 da rodovia RS-239. Os objetivos do estudo foram analisar as respostas da população após a passagem do fogo, em relação aos seguintes aspectos: produção de novas frondes (vegetativas e férteis); taxa anual de crescimento relativo do comprimento do cáudice, bem como a produção, maturação e liberação dos esporos. Quanto maior o esporófito, maior tende a ser a produção de frondes. Observamos uma relação signifi cativa entre comprimento dos cáudices e taxa de crescimento relativo (TCR). Ao longo do primeiro ano após a queimada, todos os indivíduos observados formaram frondes férteis, de modo assincrônico. A espécie mostrou-se capaz de suportar a passagem rápida de fogo, uma vez que o restabelecimento na produção de frondes (vegetativas e férteis) ocorreu gradualmente após a queimada.

Biografia do Autor

Carlos Rodrigo Lehn, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

PPG em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Embrapa Pantanal, Caixa Postal 109, CEP 79320-900, Corumbá – MS, Brasil

Mestre em Biologia Vegetal - UFMS . Experiência em estudos florísticos e fitossociológicos, envolvendo pteridófitas e angiospermas. Certificado pelo autor em 23/08/11

Caroline Leuchtenberge, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Graduada em Biologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2005) e Mestre em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (2008). Participou de projetos na área de ecologia de peixes e conservação de espécies migradoras. No Laboratório de Vida Selvagem da EMBRAPA/Pantanal desenvolveu o projeto de mestrado, atuando nas áreas de Etologia, Comunicação Animal e Ecologia de Mamíferos. No ano letivo de 2008 atuou como professora substituta no curso de ciências biológicas da UFMS, na área de Cordados. Atualmente é pós-graduanda do curso de Doutorado em Ecologia no INPA.Certificado pelo autor em 04/05/11

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Publicado

2008-01-01

Edição

Seção

Artigos