Avaliação de materiais e revestimentos para o controle de incrustações do mexilhão dourado Limnoperna fortunei (Dunker, 1857)

Autores

  • Daniel Pereira
  • Carlos Perez Bergmann Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Maria Cristina Dreher Mansur Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Paulo Eduardo Aydos Bergonci Fundação Luiz Englert
  • Cíntia Pinheiro dos Santos Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Tania Basegio Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Juliane Vicenzi Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2010v23n2p87

Resumo

Foram realizados experimentos objetivando selecionar materiais e revestimentos com propriedades antiincrustantes para o controle do bivalve Limnoperna fortunei no sul do Brasil, em duas localidades: no canal principal do rio Jacuí, Porto Alegre, RS, e no reservatório da UHE Ibitinga, médio rio Tietê, SP. Os materiais testados foram: aço galvanizado, aço carbono, aço cobreado e cerâmica. Os revestimentos utilizados foram tintas: básica sem óxidos; básica com óxidos em concentração de 5% como: ZnO nanométrico, partículas de ZnO convencional, Cu2O nanométrico, partículas de Cu2O convencional; e as tintas comerciais R e antibactérias. Corpos de prova com e sem revestimento (seis réplicas de cada), foram submersos na coluna d’água dos dois locais selecionados para os experimentos, entre outubro de 2006 e fevereiro de 2007. Quanto aos materiais metálicos, o cobre metálico, o aço galvanizado e aço carbono revestido com tinta comercial R e tinta antibactérias se demonstraram promissores no controle de incrustações do mexilhão dourado. Quanto ao material cerâmico, o revestimento de tinta base com ZnO comercial apresentou os melhores resultados. Nos materiais com e sem revestimentos, com elevadas densidades do bivalve, foi verificado que existe uma relação com a alta incidência de biofilmes, corrosão do material metálico e deterioração do revestimento.

Biografia do Autor

Carlos Perez Bergmann, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1979), mestrado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1982) e doutorado em Engenharia - Rheinisch Westfälische Technische Hochschule Aachen (1989), Alemanha. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Coordenador do PPGE3M. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais, atuando principalmente nos seguintes temas: materiais nanoestruturados, materiais para engenharia, engenharia de superfícies, caracterização de materiais, caracterização e beneficiamento de matérias-primas e reciclagem de materiais.

Maria Cristina Dreher Mansur, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduação em História Natural pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1967), mestrado em Biociências (Zoologia) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil (1983) e doutorado em Zoologia pela Eberhard Karls Universitaet Tuebingen, Alemanha (1993). É coordenadora de vários projetos de pesquisa. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Malacologia, atuando principalmente nos seguintes temas: moluscos bivalves invasores (ecologia, controle), água de lastro e bioinvasão, biodiversidade ameaçada, moluscos bivalves nativos, conquiliologia, histologia, microescultura da concha e larvas de bivalves límnicos. Desenvolve pesquisas em parceria com pesquisadores atuantes em assuntos relacionados à prevenção, monitoramento e controle da espécie invasora de origem asiática Limnoperna fortunei (mexilhão dourado).

Paulo Eduardo Aydos Bergonci, Fundação Luiz Englert

Graduado em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2003) e Mestre em Zoologia pela mesma universidade (2006). Tem experiência na área de Zoologia e Ecologia, com ênfase em Malacologia, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia de bivalves marinhos e dulceaquícolas, e aspectos relacionados a conquiliomorfometria de gastrópodes terrestres. Atualmente integra o grupo de pesquisa de moluscos dulceaquicolas nativos e invasores, coordenado pela Professora Dra. Maria Cristina Dreher Mansur, que reúne pesquisadores atuantes em pesquisas relacionadas à conservação de bivalves dulcicolas bem como à prevenção, monitoramento e controle de espécies de bivalves invasores. Como sócio-gerente da Lótica Pesquisa, Desenvolvimento e Consultoria Ambiental S/S atua em consultorias nas áreas de Limnologia, Biologia Marinha e Zoologia.

Cíntia Pinheiro dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2000). Mestrado em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004). No momento é doutoranda no PPG-Ecologia da UFRGS, orientada pela Prof. Dra. Maria Teresa Raya Rodriguez, seu tema de pesquisa atual é o controle do mexilhão dourado através da exposição das larvas a radiação Ultravioleta . Atua como professora titular na Escola Técnica Marechal Mascarenhas de Moraes. Tem experiência na área de Ecologia, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia aquática, moluscos bivalves invasores-mexilhão-dourado. Integra a rede de pesquisa Grupo Limnoperna, em Porto Alegre (RS), coordenada pela Professora Dra. Maria Cristina Dreher Mansur, que reúne pesquisadores atuantes em pesquisas relacionadas à prevenção, monitoramento e controle da espécie invasora de origem asiática Limnoperna fortunei (mexilhão-dourado).

Tania Basegio, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Química pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1992), graduação em Licenciatura em Ciências pela Faculdade Portoalegrense de Educação Ciências e Letras (1986), Mestrado em Engenharia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997) e Doutorado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004). Atualmente desenvolve Pós doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos seguintes temas: reciclagem de materiais, materiais nanoestruturados, caracterização de materiais,cromo e couro.

Juliane Vicenzi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997), Mestrado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999) e Doutorado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007), versando sobre materiais aspergidos termicamente e desgaste erosivo. Atualmente, é bolsista da Capes de Pós- Doutorado pelo PNPD, desenvolvendo o projeto "Materiais e revestimentos para aplicações industriais e biomédicas". Tem experiência na área de Engenharia de Materiais, com ênfase em Cerâmicos e Compósitos, atuando principalmente nos seguintes temas: degradação de materiais, materiais e revestimentos para aplicações industriais, desgaste erosivo, aspersão térmica, plasma spray, HVOF, materiais refratários, cerâmica tradicional, secagem, e chamota.

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Publicado

2010-04-08

Edição

Seção

Artigos