Composição e estrutura de uma floresta ribeirinha no sul do Brasil

Autores

  • Daniel Dutra Saraiva Universidade Católica de Pelotas (UCPel)

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2011v24n4p49

Resumo

A vegetação ribeirinha ocupa uma das áreas mais dinâmicas da paisagem, e apresenta espécies altamente especializadas e adaptadas a uma variedade de distúrbios ocorrentes na zona ripária. Foi realizado um levantamento fitossociológico com o objetivo de descrever a composição florística e a estrutura fitossociológica do componente arbóreo, assim como destacar algumas características dinâmicas das espécies que o compõem, em uma floresta ribeirinha no rio Jaguarão, sul do Brasil.  Foram amostradas todas as árvores com DAP ? 5 cm em 25 parcelas de 10 × 10 m (0,25 ha). Foram registradas 725 árvores vivas pertencentes a 27 espécies, 24 gêneros e 16 famílias botânicas, e 51 mortas ainda em pé. As famílias com maior riqueza específica foram Myrtaceae e Salicaceae. As espécies com os maiores valores de cobertura (VC) e de importância (VI) foram Sebastiania commersoniana, Allophylus edulis, Eugenia uniflora e Pouteria salicifolia, acumulando mais de 80% da abundância total registrada.  A diversidade (H’) foi estimada em 1,84 nats.ind.-1 e a equabilidade (J’) em 0,56 nats.ind.-1. Prevaleceram espécies zoocóricas de categorias inciais e intermediárias de sucessão, sendo em sua maior parte provenientes do contingente oeste de migração e de ampla distribuição nas regiões sudeste e sul do Brasil.

 

Biografia do Autor

Daniel Dutra Saraiva, Universidade Católica de Pelotas (UCPel)

Possui Graduação em Bacharelado em Ecologia pela UCPel e Mestrado em Biologia: Diversidade e Manejo de Vida Silvestre pela UNISINOS. Atualmente atua como docente nos cursos de graduação em Ecologia e Ciências Biológicas, e no curso de pós-graduação (Lato Sensu) em Biologia da Conservação da UCPel.

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

2011-09-10

Edição

Seção

Artigos