Conhecimento local sobre cactáceas em comunidades rurais na mesorregião do sertão da Paraíba (Nordeste, Brasil)

Autores

  • Camilla Marques de Lucena Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Agrárias. Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais
  • Gabriela Maciel da Costa Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Agrárias. Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais
  • Rodrigo Ferreira de Sousa Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Agrárias. Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais
  • Thamires Kelly Nunes Carvalho Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Agrárias. Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais
  • Nayze de Almeida Marreiros Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Agrárias. Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais
  • Carlos Antônio Belarmino Alves Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Agrárias. Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais
  • Daniel Duarte Pereira Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Agrárias. Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais
  • Reinaldo Farias Paiva de Lucena Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Agrárias. Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2012v25n3p281

Resumo

O presente estudo objetivou registrar o conhecimento e uso que os moradores das comunidades rurais de Besouro e Barroquinha no município de Lagoa (Paraíba, Brasil) possuem em relação as cactáceas. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 38 informantes (14 homens e 24 mulheres) em Barroquinha e 14 em Besouro (cinco homens e nove mulheres). Os cactos citados foram organizados em categorias de uso. Identificaram-se cinco espécies nas duas comunidades: Cereus jamacaru DC., Melocactus sp., Pilosocereus chrysostele (Vaupel) Byles & Rowley, Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck e Pilosocereus gounellei (F.A.C. Weber) Byles & Rowley. Registraram-se 201 citações de uso em Barroquinha, organizadas em sete categorias e 76 citações em Besouro, organizadas em oito categorias. Em ambas as comunidades, o C. jamacaru foi o mais citado e, quanto à categoria, a forragem foi a que obteve maior relevância nas duas comunidades. O conhecimento sobre as cactáceas mostrou-se semelhante em relação ao sexo dos informantes. Com relação à disseminação do conhecimento, foi constatado o predomínio da transmissão vertical, ou seja, de pais para filhos. As potencialidades de uso das cactáceas nas comunidades Besouro e Barroquinha demonstram sua importância local, devido aos vários usos e categorias aplicadas as espécies.

Biografia do Autor

Reinaldo Farias Paiva de Lucena, Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Agrárias. Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais

Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (2002), Mestre (2005) e Doutor (2009) em Botânica pelo Laboratório de Etnobotânica Aplicada do Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Federal Rural de Pernambuco. É professor efetivo no cargo de Adjunto I na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Campus II, Centro de Ciências Agrárias. Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais. Laboratório de Etnoecologia. Orientador de Mestrado no curso de Pós-Graduação em Ecologia e Monitoramento Ambiental (PPGEMA) da UFPB no campus IV. Tem experiência na área de Botânica e Ecologia, com ênfase em Etnobotânica, atuando principalmente nos seguintes temas: etnobiologia, etnobotânica, caatinga, populações tradicionais e conservação da biodiversidade. Escritor de livros e artigos religiosos, com ênfase na espiritualidade da Igreja Católica.

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Publicado

2012-04-12

Edição

Seção

Artigos