Reprodução de aves aquáticas (Pelicaniformes) na ilha do Maracujá, estuário da Baía da Babitonga, litoral norte de Santa Catarina

Autores

  • Alexandre Venson Grose Programa de Pós-graduação em Zoologia, Universidade Federal do Paraná (UFPR). Av Cel Francisco H dos Santos, s/n, Curitiba, PR. Laboratório de Ecologia de Ecossistemas Costeiros, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, Caixa Postal 110, CEP 89240-000, São Francisco do Sul, SC.
  • Marta Jussara Cremer Laboratório de Ecologia de Ecossistemas Costeiros, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, Caixa Postal 110, CEP 89240-000, São Francisco do Sul, SC.
  • Nei Moreira Universidade Federal do Paraná, UFPR-Campus Palotina, Rua Pioneiro, 2153, CEP 85950-000, Palotina, PR, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2014v27n2p117

Resumo

http://dx.doi.org/10.5007/2175-7925.2014v27n2p117

As aves aquáticas costumam reproduzir de modo agregado, formando grandes colônias reprodutivas com diferentes espécies. Este estudo descreve aspectos biológicos das aves aquáticas de uma colônia na ilha do Maracujá, no estuário da baía da Babitonga, litoral norte de Santa Catarina. Foram coletados dados sobre riqueza de espécies, abundância, cronologia reprodutiva, predação e distribuição dos ninhos na ilha. No período de setembro de 2010 a fevereiro de 2011, foram identificadas 15 espécies de aves aquáticas utilizando o local para alimentação e descanso, sendo que destas, cinco espécies se reproduziam na ilha (Nycticorax nycticorax, Nyctanassa violacea, Egretta caerulea, Phimosus infuscatus e Aramides cajanea). Foram registrados 154 ninhos ativos, sendo 79 ninhos de N. nycticorax, 14 ninhos de N. violacea, seis ninhos de P. infuscatus, cinco ninhos de E. caerulea e apenas um ninho de A. cajanea. A população estimada para o local foi de 308 indivíduos reprodutores, sendo que N. nycticorax foi a espécie mais abundante, correspondendo a 51% dos ninhos. Os meses com maior concentração de ninhos foram setembro, outubro e novembro. Além das aves aquáticas, também foram registradas quatro espécies de aves de rapina e carniceiras, as quais foram responsáveis por perdas de ovos e/ou filhotes, junto com Larus dominicanus. A ilha do Maracujá vem sendo utilizada para reprodução por pelo menos cinco espécies e sua proteção merece atenção, a fim de garantir a manutenção e possibilidade de ampliação desse sítio reprodutivo.

Biografia do Autor

Alexandre Venson Grose, Programa de Pós-graduação em Zoologia, Universidade Federal do Paraná (UFPR). Av Cel Francisco H dos Santos, s/n, Curitiba, PR. Laboratório de Ecologia de Ecossistemas Costeiros, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, Caixa Postal 110, CEP 89240-000, São Francisco do Sul, SC.

É biólogo formado pela Universidade da região de Joinville (UNIVILLE - 2008), Mestre em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR - 2012) e anilhador sênior do Centro Nacional de Pesquisa para Conservação das Aves Silvestres (CEMAVE/ICMBio - 2008). Atualmente é doutorando em Zoologia, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador colaborador da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). Onde desenvolve pesquisas nos seguintes temas: Aves ameaçadas de extinção, Ecossistemas costeiros, baía da Babitonga, aves estuarinas, aquáticas e migratórias, anilhamento, entre outros. Também realiza estudos ténicos visando a conservação da biodiversidade, mitigação de impactos ambientais e o desenvolvimento sustentável.

 

 

 

Marta Jussara Cremer, Laboratório de Ecologia de Ecossistemas Costeiros, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, Caixa Postal 110, CEP 89240-000, São Francisco do Sul, SC.

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1995), mestre em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (1999) e doutora em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná (2007). Atualmente é professora e pesquisadora em tempo integral na Universidade da Região de Joinville. Desenvolve pesquisas na área de Ecologia Animal, com ênfase em Ecologia de Mamíferos Marinhos, atuando também em Biologia da Conservação.

Nei Moreira, Universidade Federal do Paraná, UFPR-Campus Palotina, Rua Pioneiro, 2153, CEP 85950-000, Palotina, PR, Brasil.

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Paraná (Curitiba, 1988), Mestrado em Ciências Veterinárias pela UFPR (CPGCV, 1992) e Doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná (2001), com tese na área de reprodução e estresse em felídeos silvestres. Membro do Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) Species Survival Commission (SSC) - The World Conservation Union (IUCN) e do Committee on Companion Animals, Non-Domestic & Endangered Species (CANDES) - International Embryo Transfer Society (IETS). Atualmente é Professor Associado do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná Campus Palotina, orientador no Programa de Pós-Graduação em Zoologia da UFPR, Editor da área de animais selvagens da Revista Pesquisa Veterinária Brasileira (PVB) e Editor Acadêmico da PLOS ONE, consultor do CNPq, da Fundação Araucária, da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco e da FUNDECT (FAP MS). Participou em 3 eventos no exterior e 134 no Brasil. Orientou uma tese de Doutorado e 10 dissertações de Mestrado, além de ter orientado 11 trabalhos de Iniciação Científica e 32 trabalhos de conclusão de curso nas áreas de Medicina Veterinária, Zoologia, Zootecnia e Fisiologia. Recebeu 15 prêmios e/ou homenagens. Atua na área de Medicina Veterinária e conservação de espécies ameaçadas, com ênfase em Fisiologia e Biotecnologia da Reprodução, especialmente em animais selvagens. Em suas atividades profissionais interagiu com mais de 100 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu Currículo Lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: reprodução animal, conservação, felídeos, Medicina Veterinária, animais selvagens e animais silvestres.

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Publicado

2014-02-06

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Seção

Artigos