Efeito do alumínio sobre compostos nitrogenados em Urochloa spp.

Autores

  • Lucas Anjos Souza UFMS-CPTL Lab. Fisiologia Vegetal
  • Liliane Santos Camargos Unesp - Univ. Estadual Paulista Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Departamento de Biologia e Zootecnia
  • Leandro Ferreira Aguiar UFMS-CPTL Lab. Fisiologia Vegetal

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2014v27n3p33

Resumo

A superfície terrestre apresenta, em sua composição, aproximadamente 7% de alumínio (Al), na forma de óxidos de alumínio ou aluminossilicatos, entretanto, sua disponibilidade é extremamente dependente do pH do solo. O cerrado é um bioma que apresenta solos com pH baixo e possui grande quantidade de Al+3 disponível; dessa forma, a produção vegetal pode se tornar limitada. Os vegetais possuem mecanismo para tolerar quantidades excessivas de Al+3 no solo; um dos mecanismos utilizados para esse propósito é a exsudação de ácidos orgânicos, que são capazes de formar complexos com o Al+3, e, assim, ele se torna indisponível para as plantas. Uma vez disponível, o Al+3 pode afetar o metabolismo de nitrogênio (N), levando a perdas na produção. Portanto, este estudo teve por objetivo avaliar o efeito do Al+3 sobre compostos relacionados ao metabolismo de N em três espécies do gênero Urochloa (U. brizantha, U. decumbens e U. humiducola). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 3 (com e sem Al+3 e 3 espécies de Urochloa); a dose de Al+3 aplicada foi de 200 µmol.L-1 em solução com pH de 4,5. Dentre as espécies avaliadas não foram observadas alterações na concentração de compostos relacionados ao metabolismo de N em resposta ao Al+3, o que pode sugerir a existência de mecanismos de adaptação que permitem a essas plantas manter o metabolismo de N inalterado mesmo diante de situação de estresse.

 

Biografia do Autor

Lucas Anjos Souza, UFMS-CPTL Lab. Fisiologia Vegetal

Doutorando em Biologia Vegetal pelo Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas. Mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas, Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Experiência em fisiologia e bioquímica de plantas submetidas a estresse por metais pesados. Atua nos seguintes temas: fitorremediação, tolerância a metais pesados, metabolismo antioxidativo, estresse abiótico, associações simbióticas.

Liliane Santos Camargos, Unesp - Univ. Estadual Paulista Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Departamento de Biologia e Zootecnia

Graduada em Ciências Biológicas - L.P. pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2000), MSc. em Fisiologia e Bioquímica de Plantas pela Universidade de São Paulo (2003) e Doutora em Biologia Vegetal (área de concentração Fisiologia Vegetal) pela Universidade Estadual de Campinas (2007). Atualmente é Professor Assistente Doutor da Unesp/Ilha Solteira. Tem experiência na área de Fisiologia e Bioquímica de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: Metabolismo de nitrogênio, tolerância do sistema simbiótico à presença de nitrogênio mineral, metabolismo de aminoácidos e ureídeos.

Leandro Ferreira Aguiar, UFMS-CPTL Lab. Fisiologia Vegetal

Possui graduação em Agronomia pela Universidade de São Paulo (1981), mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas (1990) e doutorado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas (1995). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Metabolismo de Nitrogênio, atuando principalmente nos seguintes temas: estabilidade da fixação de nitrogênio quando da presença de nitrogênio fixado no meio. Lider do Grupo de Pesquisa: Metabolismo de Nitrogênio em Leguminosas Tropicais

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Publicado

2014-05-15

Edição

Seção

Artigos