Fitotoxicidade da fase orgânica e do composto majoritário obtidos da polpa dos frutos de Crescentia cujete L. (Bignoniaceae)

Autores

  • Sinval Garcia Pereira Universidade Federal do Maranhão/Centro de Ciências Agrárias e Ambientais.
  • Giselle Maria Skelding Pinheiro Guilhon Universidade Federal do Pará - Programa de Pós-Graduação em Química, Instituto de Ciências Exatas e Naturais (UFPA/ICEN).
  • Lourivaldo da Silva Santos Universidade Federal do Pará - Programa de Pós-Graduação em Química, Instituto de Ciências Exatas e Naturais (UFPA/ICEN)
  • Luidi Cardoso Pacheco Universidade Federal do Pará
  • Antônio José Cantanhede Filho Universidade Federal do Pará - Programa de Pós-Graduação em Química, Instituto de Ciências Exatas e Naturais (UFPA/ICEN).
  • Antônio Pedro da Silva Souza Filho Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Amazônia Oriental.

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2015v28n4p51

Resumo

Avaliou-se a fitotoxicidade do extrato etanólico (CETOH), da fase orgânica (CEA) e do composto majoritário, o ácido (E)-cinâmico (AC), obtidos da polpa dos frutos da espécie popularmente conhecida como cujuba, cuieira e/ou cabaça (Crescentia cujete L.) sobre a inibição da germinação de sementes, desenvolvimento do hipocótilo e radícula das plantas invasoras Senna obtusifolia (L.) Irwin & Barneby (mata-pasto) e Mimosa pudica Mill. (malícia). A fase orgânica na concentração de 0,5% inibiu em 100% a germinação das sementes das duas plantas invasoras. O AC que foi obtido da fase orgânica inibiu a germinação das sementes de S. obtusifolia em 95% e de M. pudica em 99% na concentração de 0,1%, com concentração (%) tóxica para inibição de 50% (CI50) da germinação das sementes iguais a 0,063 e 0,037%, respectivamente; e nos bioensaios de crescimento de plântula, o AC foi mais eficiente sobre a radícula da planta S. obtusifolia (com CI50 igual a 0,009%) e para a planta M. pudica os valores de CI50 foram de 0,097% e 0,117% para a radícula e hipocótilo, respectivamente. Essa pesquisa reforça o potencial fitotóxico do ácido (E)-cinâmico, verificado inicialmente na fase orgânica em acetato de etila (CEA) rica nesse fenilpropanoide.

Biografia do Autor

Sinval Garcia Pereira, Universidade Federal do Maranhão/Centro de Ciências Agrárias e Ambientais.

Graduado em Química Licenciatura, Especialista em Fitoquímica pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Mestrado em Agroquímica (Universidade Federal de Viçosa - UFV) e Doutorado em Química (Universidade Federal do Pará - UFPA) na área de Química Orgânica com ênfase em Química de Produtos Naturais. Professor Adjunto na Universidade Federal do Maranhão no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (UFMA/CCAA) - Campus IV - Chapadinha-MA. Linhas de pesquisa: Agroquímica e Química de Produtos Naturais de Plantas Nativas do Cerrado Leste Maranhense em investigações de ações carrapaticida e fitotoxicidade.

Giselle Maria Skelding Pinheiro Guilhon, Universidade Federal do Pará - Programa de Pós-Graduação em Química, Instituto de Ciências Exatas e Naturais (UFPA/ICEN).

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Pará (1984), mestrado em Química de Produtos Naturais pela Universidade Federal do Pará (1991) e doutorado em Química Orgânica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é professora (Associado 3) da Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Química Orgânica, atuando principalmente na Química de Produtos Naturais, com ênfase ao estudo químico de espécies de Euphorbiaceae, Ochnaceae, Myrtaceae, Bignoniaceae, entre outras.

Lourivaldo da Silva Santos, Universidade Federal do Pará - Programa de Pós-Graduação em Química, Instituto de Ciências Exatas e Naturais (UFPA/ICEN)

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Pará (1980) e doutorado em Química pela Universidade Estadual de Campinas (1991). Atualmente é Professor Associado IV da Universidade Federal do Pará, Diretor Adjunto do Instituto de Ciências Exatas e Naturais da UFPA (período 2014-2018), Coordenador da Área de Ciências Naturais e suas Tecnologias do INEP na UFPA, e bolsista de produtividade Nível-2 do CNPq. Atuou como Vice-coordenador do Programa de Pós-graduação em Química (período 03/2011 - 05/2013), Coordenador de Difusão e Eventos da Fundação Paraense de Apoio a Pesquisa do Estado do Pará-FAPESPA e Chefe do Departamento de Química da UFPA. Tem experiência na área de Química de Produtos Naturais, Recursos Florestais (Química da Madeira) com ênfase em Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais, atuando principalmente nos seguintes temas: fungos endofíticos, reações de biotransformação, alelopatia, isolamento e identificação de produtos naturais de plantas e microorganismos.

Luidi Cardoso Pacheco, Universidade Federal do Pará

Graduado em Química Bacharelado pela Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Química Orgânica, com ênfase em Química de Produtos Naturais.

Antônio José Cantanhede Filho, Universidade Federal do Pará - Programa de Pós-Graduação em Química, Instituto de Ciências Exatas e Naturais (UFPA/ICEN).

Professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão. Possui mestrado em Química pela Universidade Estadual Paulista UNESP (2002), atualmente é doutorando em Química do programa de pós-graduação da Universidade Federal do Para.

Antônio Pedro da Silva Souza Filho, Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Amazônia Oriental.

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1977), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (1987) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995). Atualmente é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Amazônia Oriental. Tem experiência na área de Ecologia Química, com ênfase em pesquisas na área de isolamento, identificação e caracterização da atividade bioerbicida e biofungicida de substâncias químicas produzidas por plantas e fungos endofíticos e fitopatógenos, atuando principalmente nos seguintes temas: alelopatia, produção de biodefensivos agrícolas, aumento da atividade biodefensivas de substâncias químicas.

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Publicado

2015-09-08

Edição

Seção

Artigos