Histopatologia de brânquias e teste de micronúcleos em Astyanax jacuhiensis(Cope, 1894) (Teleostei, Characidae) na avaliação dos efeitos causados pela exposição aguda ao alumínio

Autores

  • Thaís Dalzochio Universidade Feevale
  • Angélica Goldoni Universidade Feevale
  • Gabriela Zimmermann Prado Rodrigues Universidade Feevale
  • Ismael Evandro Petry Universidade Feevale
  • Luciano Basso da Silva Universidade Feevale
  • Günther Gehlen Universidade Feevale

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2016v29n1p75

Resumo

A contaminação de ecossistemas aquáticos por alumínio (Al) é geralmente ocasionada por várias atividades antropogênicas. Diversas alterações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas observadas em organismos aquáticos podem ser atribuídas à exposição ao Al. Neste contexto, o objetivo desse estudo foi investigar os efeitos da exposição aguda de peixes da espécie Astyanax jacuhiensis a diferentes concentrações de Al através da histologia de brânquias e frequência de micronúcleos (MN) e anormalidades nucleares (AN) em eritrócitos. Os animais foram expostos às concentrações subletais de 0.3 mg/L e 30 mg/L de alumínio em pH neutro por 72 h. Um grupo controle foi mantido em água filtrada. As alterações branquiais foram caracterizadas por hiperplasia e hipertrofia de células epiteliais, fusão lamelar, edema, descolamento epitelial, aneurisma e necrose. Um aumento significativo (p<0.05) foi observado na frequência de lamelas alteradas nos grupos expostos às duas concentrações de Al em comparação aos animais controle. No entanto, não foram observadas diferenças significativas nas frequências de MN e AN. Embora não tenham sido encontradas evidências de genotoxicidade, os resultados encontrados na análise morfológica sugerem que o Al foi tóxico para os peixes nas duas concentrações testadas em pH neutro.

 

Biografia do Autor

Thaís Dalzochio, Universidade Feevale

Laboratório de Histologia Comparada e Citogenética Animal

Angélica Goldoni, Universidade Feevale

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Feevale e mestre em Qualidade Ambiental pela mesma instituição. Atualmente, é doutoranda do programa de pós-graduação em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Gabriela Zimmermann Prado Rodrigues, Universidade Feevale

Acadêmica do curso de Biomedicina da Universidade Feevale. Bolsista de Iniciação Científica com participações em projetos e pesquisas na área de histologia, imunoistoquímica e avaliação da água da bacia do Vale do Rio dos Sinos. Monitora da disciplina de Embriologia e Histologia

Ismael Evandro Petry, Universidade Feevale

Possui ensino medio pela Escola Estadual Prof. Mathias Schutz (2000). Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Comportamento Animal.

Luciano Basso da Silva, Universidade Feevale

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992), mestrado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). Atualmente é professor titular e docente do Programa de Pós-Graduação em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale. Tem experiência na área de Genética, atuando principalmente nos seguintes temas: biologia molecular, mutagênese ambiental, genética toxicológica.

Günther Gehlen, Universidade Feevale

Possui graduação em Ciências Biológicas pela UFRGS (1998), mestrado em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002) e doutorado em Neurociências pela UFRGS (2009). Desde 2004 é coordenador do curso de ciências biológicas da Universidade Feevale e professor adjunto da Universidade Feevale. Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Histologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Bioindicadores ambientais, histologia comparada, fitorremediação.

Publicado

2016-02-05

Edição

Seção

Artigos