Etnobotânica de chás terapêuticos em Rio Urubueua de Fátima, Abaetetuba – Pará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7925.2016v29n2p77Resumo
Estudos etnobotânicos no Brasil revelaram os chás como principal forma de tratamento terapêutico em comunidades tradicionais. Objetivou-se valorizar os conhecimentos tradicionais na comunidade Rio Urubueua de Fátima, Abaetetuba – PA, por meio da identificação das plantas medicinais empregadas em chás e suas formas de preparo, atribuindo a estas a sua importância na terapêutica e no tratamento das enfermidades mais recorrentes, além de investigar a qualidade das águas de consumo da população, indispensável ao preparo dos chás, e a sua relação com a saúde dos ribeirinhos. A partir de entrevistas semiestruturadas realizadas com 35 interlocutores, foram calculados para as espécies: valor de importância, concordância quanto aos usos principais, concordância quanto aos usos principais corrigidos e o fator de consenso do informante. A fim de averiguar a qualidade da água, foi feita análise microbiológica de amostras coletadas em três diferentes pontos do rio Urubueua. Foram citadas 82 receitas de chás terapêuticos. Mentha sp. obteve o maior valor de importância e, juntamente com Lippia alba (Mill) N. E. Brown. e Ficus maxima Mill., o maior índice de concordância quanto ao uso principal corrigido. Os moradores na faixa etária entre 60 e 69 anos detêm vasto conhecimento de plantas e receitas a base de chás, frequentemente empregados na sua medicina tradicional. Da água utilizada pelos moradores, foram quantificados coliformes totais e termotolerantes em todas as amostras, sendo um fator de risco para a doença diarreica, mencionada em quadros clínicos recorrentes.
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