Efeitos da salinidade na fisiologia de Salvinia auriculata Aubl. (Salviniales, Pteridophyta)

Autores

  • José Bonomi Barufi Universidade Federal de Santa Catarina
  • Vanessa Freire Carvalho Universidade Federal de Santa Catarina
  • Fernando Scherner Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Leonardo Rafael Chaves Coelho Xavier Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Edson Gomes Moura-Junior Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Manoel Messias da Silva Costa Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Bety Shiue Hsie Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Micheline Kézia Cordeiro Araújo Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Maria Claudjane Jerônimo Leite Alves Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Gemima Manço Melo Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Natália Maria Corte Real Castro Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Douglas Correia Burgos Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • André Luis de França Dias Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Patrícia Campus Arruda-Queiróz Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Sonia Maria Barreto Pereira Universidade Federal Rural de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2017v30n3p25

Resumo

A macrófita aquática Salvinia auriculata Aubl. ocorre em diferentes regiões do Rio Capibaribe, no estado de Pernambuco, Brasil. Esse rio desemboca no mar e, consequentemente, apresenta setores com diferentes gradientes de salinidade. Este trabalho avaliou a fotossíntese, o crescimento e o teor de pigmentos fotossintetizantes de S. auriculata frente a um gradiente de salinidade. As plantas foram obtidas em um reservatório no município de Paudalho e foram levadas à casa de vegetação, onde foram mantidas em frascos de vidro contendo 250 mL de volume preenchido, posicionados em bancadas durante 40 h nas seguintes condições de salinidade: 0, 17 e 34, obtidas com água doce, mistura de água doce e salgada e água salgada, respectivamente. Ao final, as folhas das plantas tratadas com água salgada apresentaram mudança na coloração (de verde para marrom) e também as plantas tiveram redução no seu crescimento. A salinidade e o tempo afetaram negativamente as respostas fotossintetizantes das plantas, com diminuição de Fv/Fm, ETRmax e ?ETR conforme aumentava o conteúdo de sais ao qual as plantas estiveram expostas. Os padrões de respostas obtidos ajudaram a esclarecer a distribuição de S. auriculata, podendo ser regulada pela salinidade.

 

Biografia do Autor

José Bonomi Barufi, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (2002) e mestrado em Ciências (Botânica) pela Universidade de São Paulo (2004). É licenciado também em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (2004). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em algas. Trabalhou como professor temporário na Universidade Católica de Brasília (2005). Possui doutorado em Ciências (Botânica) pela Universidade de São Paulo (2010), tendo participado de estágio no exterior na Universidad de Málaga (Espanha) durante o ano de 2007, especializando-se em fotobiologia e biologia molecular de macroalgas. Desde agosto de 2010 até agosto de 2011, trabalhou no Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Melo, CENPES, Petrobras, na linha de pesquisa de bioprocessos de microalgas para obtenção de biocombustíveis. A partir de agosto de 2011, é docente do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina.

Vanessa Freire Carvalho, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mestra em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e doutoranda em Ecologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com experiência em Ecologia, Fisiologia e Taxonomia de comunidades de macroalgas marinhas. Atualmente desenvolve uma tese de doutorado com tema relacionado à Ecofisiologia e comunidade de bancos de rodolitos do Atlântico Sul e suas macroalgas associadas. O estudo é conduzido no Laboratório de Ficologia da UFSC.

Fernando Scherner, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004), extensão universitária em Ecologia e Conservação pela University of London (Birkbeck) e mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010). É doutor em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Tem como principal linha de pesquisa a avaliação de impactos antropogênicos sobre comunidades macroalgais marinhas ao longo da costa brasileira. Trabalha em duas linhas de pesquisa principais: 1. avaliação da estrutura de comunidades e os mecanismos fisiológicos que levam à perda de biodiversidade marinha diante do impacto da urbanização; 2. possíveis efeitos de mudanças climáticas e acidificação dos oceanos sobre comunidades macroalgais marinhas. Atuou em colaboração com a Universidade de São Paulo e Universidade Federal de Santa Catarina e com outras redes de pesquisa nacionais. Tem experiência nas áreas: ecologia e conservação, taxonomia de criptógamas, algas calcáreas, ficologia aplicada, ecofisiologia vegetal e análise de impactos ambientais.

Leonardo Rafael Chaves Coelho Xavier, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2009), mestrado em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2014) e atualmente é aluno do curso de doutorado em Botânica da mesma instituição. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em ecologia e florística de plantas aquáticas.

Edson Gomes Moura-Junior, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE (2009), mestrado em Botânica pela UFRPE (2012) e doutorado em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2016). Foi professor substituto da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) de 2013 a 2015. Atualmente é analista ambiental do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA) da UNIVASF, onde desenvolve pesquisas com macrófitas aquáticas e ecologia plantas terrestres, atuando principalmente nos seguintes temas: florística, biogeografia, fitossociologia, ecologia funcional, macroecologia. Desde 2014, exerce o cargo de Secretário-Geral do Núcleo de Especialistas em Plantas Aquáticas do Brasil (NEPA), vinculado à Sociedade Brasileira de Botânica.

Manoel Messias da Silva Costa, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Alagoas (2003). Mestrado (2008) e Doutorado (2015) em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Experiência na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia, Sistemática e Ecologia de micro e macroalgas, consultoria em análises do fitoplâncton marinho, estuarino e dulcícola, diatomáceas perifíticas. Professor Substituto da Universidade Federal de Alagoas e Chefe do Laboratório de Ficologia de 2008 a 2010, ministrando disciplinas (Botânica Sistemática de Criptógamos, Botânica Aplicada à Farmácia, Botânica Geral e Ficologia) para os Cursos de Graduação: Agronomia, Ciências Biológicas, Farmácia e Zootecnia. Atualmente como Professor Titular da Faculdade São Vicente, ministrando disciplinas: Botânica Estrutural e Funcional, Botânica Sistemática I e II, Ecologia Vegetal, Genética Geral, Introdução à Filogenética, Metodologia Científica; Coordenador do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, desde 2013 e Coordenador da Ouvidoria desde 2015 na Faculdade São Vicente de Pão de Açúcar. Professor Titular da Faculdade Regional da Bahia e Instituto Batista de Ensino Superior de Alagoas (Unirb/Ibesa), ministrando as disciplinas de Responsabilidade Social e Ambiental, com ênfase em Gestão Ambiental, História e Cultura Indígena Afro-brasileira, Biologia Geral e Histologia e Embriologia, para os cursos de Educação Física (Licenciatura) e Fisioterapia.

Bety Shiue Hsie, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Atualmente cursa Doutorado no Programa de Pós-graduação em Fitotecnia / Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares, pela Universidade Federal de Lavras. Formada em mestrado pela Universidade Federal de Pernambuco pelo Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal. Experiência na área de Botânica, com ênfase em Biotecnologia Vegetal, Cultura de Tecidos Vegetais, Fisiologia, Ecofisiologia e Bioquímica Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura de tecidos de plantas, ecofisiologia vegetal, bioquímica, biologia molecular e marcadores moleculares.

Micheline Kézia Cordeiro Araújo, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE (2009). Mestra (2011) e Doutora em Ciências Biológicas - Botânica (2015) pela UFRPE. Tem experiência com cultivo, ecologia e toxicologia de cianobactérias e seus efeitos sobre algas e plantas. É revisora de periódicos internacionais indexados. Atualmente desenvolve pesquisa como pós-doc pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado São Paulo) sobre os efeitos de mudanças climáticas globais sobre a ecotoxicologia,  ecofisiologia de cianobactérias e expressão gênica.  A pesquisa é desenvolvida na Universidade de São Paulo/Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - USP/ESALQ

Maria Claudjane Jerônimo Leite Alves, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco (2008), mestrado (2011) e doutorado (2015) em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação ambiental, flora lenhosa, morfofisiologia e anatomia vegetal. Pesquisadora PDCR / UFAL - Campus Arapiraca.

Gemima Manço Melo, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Doutora em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); Mestra em Melhoramento Genético de Plantas pela UFRPE; Graduada em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela UFRPE.  Possui experiência na área de Botânica, com ênfase em Biotecnologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura de tecidos de plantas, fisiologia de plantas em condições de estresse abiótico, biorreatores de imersão temporária, estresse oxidativo e anatomia de estruturas vegetais. Atualmente desenvolve atividade de docência pela Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco.

Natália Maria Corte Real Castro, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Graduada em Biologia (licenciatura) pela Universidade Católica de Pernambuco -UNICAP (2010). Atualmente graduanda em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, mestra em Botânica pela UFRPE/ PPGB e doutoranda em Botânica (UFRPE-PPGB) vinculada ao Laboratório de Ecofisiologia Vegetal - UFPE. Tem atuação na área de Fisiologia Vegetal, com ênfase em Cultura de Tecido e Ecofisiologia.

Douglas Correia Burgos, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2003), Mestrado em Botânica (2006) e Doutorado em Botânica pela mesma universidade (2011). Tem experiência na área de Taxonomia e ecologia de Criptógamos, atuando principalmente na Avaliação da estrutura de comunidades principalmente em ambientes insulares marinhos. Atua em colaboração com a Universidade Federal de Pernambuco e a Universidade Federal Rural de Pernambuco e com outras redes de pesquisa nacionais. Tem experiência nas áreas de ecologia, taxonomia de criptógamas, algas calcárias e análise de impactos ambientais.

André Luis de França Dias, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco - UPE (2008), com ênfase do curso em Biologia Ambiental. Tem experiências na área de Botânica, com atuação em Cultura de Tecidos Vegetais. Realizou atividades de iniciação científica no Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA (2006) e Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2007). Atuou como Supervisor de Produção da Biofábrica Governador Miguel Arraes do CETENE - Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (2010, 2011 e 2012). Desenvolveu atividades de gerenciamento de projetos de pesquisa e produção na área de aclimatização do CETENE (2013) e em pesquisas com Bactérias Fixadoras de Nitrogênio (2014.1). Atualmente desenvolve atividades como técnico de laboratório no CETENE.

Patrícia Campus Arruda-Queiróz, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (2006), mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba (2009) e doutorado em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2015). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Cianobactérias, atuando principalmente: Comunidade Fitoplanctônica, Ecologia e Taxonomia de Cianobactérias, Ecossistemas aquáticos e Reservatórios. Consultoria em análises do fitoplâncton marinho, estuarino e dulcícola. Professora Substituta do Instituto Federal da Paraíba de 2009 a 2011 e Coordenadora do Curso de Meio Ambiente. Atualmente atua como Professora Substituta do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) no curso Técnico em Edificações.

Sonia Maria Barreto Pereira, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Faculdade de Filosofia do Recife (1966), especialização em Taxonomia de Fanerógamos pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1967), mestrado em Botânica pela Universidade de São Paulo (1974), doutorado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Paulo (1978) e pós-doutorado no Museum d`Histoire Naturelle-Paris (1982). Professora Titular aposentada da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Professora Visitante Sênior da Universidade Federal de Pernambuco e Bolsista de Produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico(CNPq). Credenciada pelo Programa de Pós-graduação em Botânica da UFRPE e Programa de Pós-graduação em Saúde Humana e Meio Ambiente da UFPE. Tem experiência na área de Botânica atuando, principalmente, em taxonomia e ecologia de algas marinhas bentônicas (formações recifais e manguezal) e ecologia de macrófitas aquáticas de ambiente continental formando nestas áreas um número representativo de Mestres, Doutores e Pós-Doutores. Possui um grande número de trabalhos publicados nas referidas áreas.

Referências

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Publicado

2017-09-05

Edição

Seção

Artigos