Morfologia do esôfago de Bradypus variegatus (Schinz, 1825)

Autores

  • Ellen Yasmin Eguchi Mesquita Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Paola Cardias Soares Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Luise Ratis Mello Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Ana Rita Lima Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Elane Guerreiro Giese Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Érika Branco Universidade Federal Rural da Amazônia

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2019v32n3p97

Resumo

Bradypus variegatus, vulgarmente conhecida como preguiça comum, pertence a um grupo individualizado de mamíferos, com peculiaridades morfológicas e biológicas já descritas, porém, pouco se sabe sobre questões estruturais do seu trato digestório, incluindo a morfologia do esôfago. Diferindo dos mamíferos em geral quanto ao trajeto completo do órgão, o esfíncter esofágico cranial localiza-se dorsalmente à laringe, desviando à esquerda da traqueia, mantendo-se adjacente a ela, ainda no antímero esquerdo, ao longo da porção cervical. No tórax, seguiu pelo mediastino, atravessou transversalmente o diafragma através do hiato esofágico, alcançando o estômago. Histologicamente, apresentou o mesmo padrão tecidual ao longo das três porções, destacando-se a presença de três camadas musculares, adensando na porção torácica, e na adventícia cercada pela cadeia nervosa simpática, adjacente à região cárdica. Essas características histológicas conferem ao esôfago dessa espécie arquitetura peculiar, que pode explicar o comportamento de deglutição destes indivíduos frente aos seus hábitos posturais.

Biografia do Autor

Ellen Yasmin Eguchi Mesquita, Universidade Federal Rural da Amazônia

 

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2010), Mestrado em Ciência Animal pela Universidade Federal do Pará (2012) e residência médica na área de medicina de animais silvestres e exóticos. Atualmente, é doutoranda no programa de saúde e produção animal na Amazônia na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Reprodução Animal e Clínica de animais selvagens, atuando principalmente nos seguintes temas: reprodução de animais domésticos e clínica de animais selvagens.

 

Paola Cardias Soares, Universidade Federal Rural da Amazônia

É Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará, Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Zoologia do Convênio Universidade Federal do Pará/Museu Paraense Emílio Goeldi na área de Conservação e Ecologia e Doutoranda pelo Programa de Pós Graduação em Saúde e Produção Animal da Universidade Federal Rural da Amazônia com Doutorado Sanduíche concedido pela Comissão Fulbright Brasil na Universidade Estadual da Georgia (GSU). Atua na área de Zoologia, com ênfase em primatologia, abordando principalmente os seguintes temas: comportamento animal, cognição, psicologia experimental, conservação de primatas, ecologia, manejo de fauna e bem-estar animal.

Luise Ratis Mello, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduanda em Medicina Veterinária na Universidade Federal Rural da Amazônia.

Ana Rita Lima, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Fundação de Ensino Octávio Bastos (2002), mestrado (2005) e Doutorado (2009) em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo na Faculdade de Medicina Veterinária Zootecnia. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, atuando principalmente nos seguintes temas: Anatomia Descritiva e Topográfica dos Animais Domésticos e Silvestres, estereologia, duchenne muscular dystrophy, morfometria, imunohistoquímica, imunocitoquímica, cultivo celular, microscopia de luz e eletrônica de transmissão. Atualmente é professora Associado I na Disciplina de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) ministrando aulas nos cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia.

Elane Guerreiro Giese, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1987), mestrado em Zoologia - Museu Paraense Emílio Goeldi (1998) e doutorado em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários pela Universidade Federal do Pará (2010). Atualmente é e professora adjunto I da Universidade Federal Rural da Amazônia e pesquisadora colaboradora da Universidade Federal do Pará. Tem experiência nas áreas de Morfologia, Microscopia e Parasitologia, com ênfase em Helmintologia Animal.

Érika Branco, Universidade Federal Rural da Amazônia

Doutora em Ciência pelo setor de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestre - departamento de Cirurgia - FMVZ/USP. Possui graduação em Medicina Veterinária pela UNIFEOB (1996). Especialização em Saúde Pública pela UNAERP (1998) e Especialização em Anatomia comparada: Humana e Animal, pela USP (2005). Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Citologia, Histologia e Embriologia, Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, desenvolvendo atividades como docente nestas áreas da Universidade de Cuiabá (1996-2003). Atua em projetos relacionados com: Morfologia de Primatas não humanos, Papiloscopia em Primatas não humanos, Morfologia de animais selvagens da Região Amazônica e Terapia celular em primatas e carnívoros domésticos. Professora Associada de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos e Selvagens, e Anatomia Topográfica da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA. Membro Pesquisador do Laboratório de Pesquisa Morfológica Animal - LaPMA/UFRA.

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Publicado

2019-08-20

Edição

Seção

Artigos