Anidrobiose e diapausa em Biomphalaria Glabrata (Say), caramujo transmissor da esquistossomose, na Região Nordeste

Autores

  • Ricardo D. A. Dannemann Departamento de Biologia. Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ
  • Otávio S. Pieri Departamento de Biologia. Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

Duas estratégias distintas de sobrevivência, diapausa e anidrobiose, são observadas em Biomphalaria glabrata de habitats sujeitos a secas sazonais na zona da mata úmida e costeira do Nordeste oriental. Diapausa é uma síndrome induzida por estímulos ambientais de valor preditivo, que permite ao caramujo evitar a deterioração dos criadouros no período de seca. Caracteriza-se por uma sequência de eventos específicos da fase juvenil, que inclui formação de lamelas na abertura da concha e emigração da água seguida de dormência, e ocorre sob condições favoráveis do meio. Anidrobiose é um estado de quiescência prolongada diretamente eliciado pela dessecação do habitat. Pode ocorrer em qualquer estágio da vida do caramujo, sem haver formação de lamela ou emigração da água. Caramujos em diapausa são mais resistentes à dessecação do que os anidrobiontes. Aqueles tendem a persistir no estado dormente, ao passo que estes retornam prontamente à atividade com o restabelecimento de condições propícias. O fenômeno da diapausa em B. glabrata deve ser levado em conta na elaboração de medidas de controle dos caramujos nas áreas endêmicas da região Nordeste.

Biografia do Autor

Otávio S. Pieri, Departamento de Biologia. Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ

Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade de Sussex, Inglaterra. Atualmente é pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz.

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

1989-01-01

Edição

Seção

Artigos