Contribuição à ecologia da polinização de Tabebuia pulcherrima (Bignoniaceae) em Area de restinga, no sul de Santa Catarina
Resumo
Estudos sobre a polinização na família Bignoniaceae tem demonstrado evidências de co-evolução com seus vetores de pólen. A biologia floral de Tabebuia pulcherrima (ipê-da-praia) foi investigada determinando o horário da abertura floral, quantificando a produção de nectar, o número de grãos de pólen e óvulos por flor, e os visitantes florais. As flores de T pulcherrima apresentam morfologia típica para melitofilia, são tubulares, possuem indicadores de nectar, apresentam antese diurna e néctar durante todo o dia. Pela manhã o volume de néctar é menor, o que está associado a maior freqüência de visitantes. A razão pólen/óvulo indica que a espécie é xenogâmica facultativa. Foram coletados 88 insetos, dos quais 52% são abelhas e os demais são vespas, moscas, formigas e besouros. Pela freqüência, abundância e comportamento por ocasião da visita às flores, Bomb us mono e Niltonia virgilii foram considerados os potenciais polinizadores e Epicharis dejeanii, o polinizador secundário. Por outro lado, Xylocopa brasilianorum atuou somente como pilhadora de néctar. As flores de T. pulcherrima são uma importante fonte de recursos para a entomofauna da restinga, oferecendo nectar e pólen como recompensas florais.Downloads
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Copyright (c) 2004 Dalzemira Anselmo da Silva Souza, Maurício Lenzi, Afonso Inácio Orth
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