Contribuição à ecologia da polinização de Tabebuia pulcherrima (Bignoniaceae) em Area de restinga, no sul de Santa Catarina

Autores

  • Dalzemira Anselmo da Silva Souza Departamento de Botânica - CCB/UFSC
  • Maurício Lenzi Departamento de Botânica - CCB/UFSC
  • Afonso Inácio Orth Departamento de Fitotecnia - CCA/UFSC

Resumo

Estudos sobre a polinização na família Bignoniaceae tem demonstrado evidências de co-evolução com seus vetores de pólen. A biologia floral de Tabebuia pulcherrima (ipê-da-praia) foi investigada determinando o horário da abertura floral, quantificando a produção de nectar, o número de grãos de pólen e óvulos por flor, e os visitantes florais. As flores de T pulcherrima apresentam morfologia típica para melitofilia, são tubulares, possuem indicadores de nectar, apresentam antese diurna e néctar durante todo o dia. Pela manhã o volume de néctar é menor, o que está associado a maior freqüência de visitantes. A razão pólen/óvulo indica que a espécie é xenogâmica facultativa. Foram coletados 88 insetos, dos quais 52% são abelhas e os demais são vespas, moscas, formigas e besouros. Pela freqüência, abundância e comportamento por ocasião da visita às flores, Bomb us mono e Niltonia virgilii foram considerados os potenciais polinizadores e Epicharis dejeanii, o polinizador secundário. Por outro lado, Xylocopa brasilianorum atuou somente como pilhadora de néctar. As flores de T. pulcherrima são uma importante fonte de recursos para a entomofauna da restinga, oferecendo nectar e pólen como recompensas florais.

Biografia do Autor

Dalzemira Anselmo da Silva Souza, Departamento de Botânica - CCB/UFSC

Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina e Mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é professor do Centro Universitário Leonardo da Vinci e Biólogo da Prefeitura Municipal de Joinville.

Mais informações no Currículo Lattes.

Maurício Lenzi, Departamento de Botânica - CCB/UFSC

Biologo, Graduado pela Universidade Regional de Blumenau. Cursou Mestrado em Recursos Genéticos Vegetais e Doutorado em Ciências, ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina. Possui Pós-Doutorado em Botânica pela Universidade de Alicante, ESP.

Mais informações no Currículo Lattes.

Afonso Inácio Orth, Departamento de Fitotecnia - CCA/UFSC

Possui Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC. Mestrado em Ciências Biológicas (Entomologia) pela Universidade Federal do Paraná, UFPR. Doutorado em Biologia pela University of Miami, U.M.S.,Estados Unidos.

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

2004-01-01

Edição

Seção

Artigos