Aves de rapina (Cathartiformes, Accipitriformes, Strigiformes e Falconiformes) na Reserva Biológica das Perobas, Paraná, Brasil, e seu entorno
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7925.2015v28n4p145Resumo
Nas últimas décadas, o noroeste do Paraná sofreu uma drástica supressão e fragmentação de sua vegetação primária, restando atualmente pequenos e esparsos fragmentos florestais. Nessa perspectiva, este estudo teve por objetivos inventariar e analisar a assembleia de aves de rapina (Cathartiformes, Accipitriformes, Strigiformes e Falconiformes) na Reserva Biológica das Perobas, uma unidade de conservação de 8.716 ha, a qual representa um dos últimos remanescentes com extensão significativa de Floresta Estacional Semidecidual no Paraná. Foi utilizado o método de contagem por pontos fixos, bem como pontos de escuta e playback, para amostrar as espécies de aves de rapina da reserva, entre junho de 2009 a janeiro de 2012, com esforço amostral total de 210 h. Ao todo, foram levantadas 25 espécies de rapinantes, valor que corresponde a 37% da riqueza conhecida para o Paraná. Entre os registros, três espécies merecem ser destacadas, Spizaetus melanoleucus, Asio flammeus e Strix virgata, listadas no atual Livro Vermelho da Fauna Ameaçada do Paraná e pouco documentadas na região. Cerca de 70% das espécies observadas apresentam hábitos associados a ambientes florestais, enquanto que 30% estão associadas a áreas abertas, como as pastagens e as terras de cultivo no entorno da floresta. Esses resultados reafirmam a importância dessa reserva para a conservação e manutenção de muitas espécies de aves, principalmente as raras e regionalmente ameaçadas de extinção.
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