Levantamento etnobotânico de plantas medicinais comercializadas no município de Uruará, Pará, Brasil

Autores

  • Reinaldo Lucas Cajaiba Centro Universitário Univates
  • Wully Barreto da Silva Universidade Federal do Pará
  • Robson Diogo Nascimento de Sousa Secretaria Municipal de Meio Ambiente
  • Alex Soares de Sousa Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2016v29n1p115

Resumo

O presente estudo teve como objetivo fazer o levantamento etnobotânico de plantas medicinais comercializadas pela população do município de Uruará, Pará, e seus principais distritos. Foram mencionadas pelos entrevistados 63 espécies distribuídas em 36 famílias botânicas. As famílias mais representativas foram Lamiaceae, Asteraceae, Fabaceae e Rutaceae. As espécies com maior valor de uso foram o capim-cidreira (Cymbopogon citratus, VU = 0,90); mastruz (Chenopodium ambrosioides, VU = 0,83) e hortelã (Mentha sp., VU = 0,79), enquanto o capim-cidreira (Cymbopogon citratus) e o picão (Bidens pilosa) apresentaram maior frequência relativa de indicação, sendo indicados como calmante/analgésico e tratamento dos rins, respectivamente. Dentre as principais afecções tratadas por meio do uso de plantas medicinais, as mais expressivas foram as do sistema digestório, infecções/inflamações, gripes e as do sistema respiratório. Não foi observada diferença significativa entre o número de espécies citadas e o número de indivíduos por família nem a distância da zona urbana. Também não houve diferença entre o número de espécies mencionadas em relação ao nível de escolaridade. Dentre as plantas medicinais comercializadas no município, predominam as que compõem o estrato herbáceo, sendo as folhas as partes mais utilizadas e a forma de preparo mais comum, o chá.

Biografia do Autor

Reinaldo Lucas Cajaiba, Centro Universitário Univates

Graduado em Biologia e Química, mestre em Engenharia do Ambiente. Atualmente é Aluno de Doutorado em Ambiente e Desenvolvimento com linha de pesquisa em Ecologia. Tem experiência na área de Entomologia trabalhando com coleópteros.

Wully Barreto da Silva, Universidade Federal do Pará

Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará, campus Altamira. Desenvolve trabalho na área de Etnobiologia.

Robson Diogo Nascimento de Sousa, Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Engenheiro Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia.

Alex Soares de Sousa, Universidade Federal do Pará

Engenheiro Florestal, Universidade Federal do Pará, campus Altamira. Tem experiência em mensuração florestal.

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Publicado

2016-02-05

Edição

Seção

Artigos