Proximidade de rodovias pode influenciar a fragmentação florestal? Um estudo de caso no norte do Rio Grande do Sul

Autores

  • Tiago Rezzadori UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul. Campus Erechim.
  • Marilia Teresinha Hartmann UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul. Campus Erechim.
  • Paulo Afonso Hartmann UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul. Campus Erechim.

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2016v29n3p21

Resumo

O estabelecimento e o uso das rodovias interferem na atmosfera, no solo, na vegetação, na fauna e nas comunidades humanas que estão em seu entorno. Um dos principais efeitos causados pela implantação e operação de uma rodovia é a fragmentação das paisagens naturais, que consequentemente gera o efeito de borda e o isolamento de populações. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi quantificar e comparar a distribuição da cobertura vegetal em áreas com e sem influência ecológica de rodovias na região do Alto Uruguai, norte do Rio Grande do Sul. Para tal, foi criado um banco de dados georrelacional, onde foram inseridas imagens de satélite Landsat V e CBERS 2b. Foi estimado o tamanho e quantidade de fragmentos florestais nas áreas com e sem influência das rodovias. A área com influência ecológica de rodovias apresentou menos fragmentos florestais e de menor tamanho quando comparada com a área sem influência ecológica. A alta fragmentação florestal parece ser potencializada pela proximidade das rodovias na região norte do Rio Grande do Sul, contribuindo para o isolamento e redução do tamanho das populações nativas que ocupam essas áreas.

Biografia do Autor

Tiago Rezzadori, UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul. Campus Erechim.

Engenheiro Ambiental formado pela Universidade Federal da Fronteira Sul, UFFS - Campus Erechim.

Marilia Teresinha Hartmann, UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul. Campus Erechim.

Bióloga pela Universidade Federal de Santa Maria (1996), Mestre (1999) e Doutora (2004) em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, Campus de Rio Claro (2004). Foi bolsista PRODOC no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná, UFPR (2005 - 2006), onde foi professora e orientadora de graduação e pós-graduação. Foi professora adjunta da Universidade Federal do Pampa, no Campus de São Gabriel, RS. Atualmente está na Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Erechim. É orientadora no mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental na UFFS, na linha de pesquisa em Conservação dos Recursos Naturais. Desenvolve pesquisas em biologia e conservação de anfíbios, ecotoxicologia com anfíbios e biomonitoramento.

Paulo Afonso Hartmann, UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul. Campus Erechim.

Biólogo formado pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Possui Mestrado (2001) e Doutorado (2005) em Ciências Biológicas, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP/Campus de Rio Claro. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim e orientador no programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (UFFS), na linha de pesquisa Conservação dos Recursos Naturais. Desenvolve projetos nas áreas de Ecologia de estradas e Ecologia e Conservação de fauna.

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Publicado

2016-09-09

Edição

Seção

Artigos