Diversidade das pescarias realizadas com rede de emalhar em um estuário tropical do nordeste do Brasil

Autores

  • Severino Adriano Oliveira Lima Universidade Federal de Rondônia/Professor Adjunto https://orcid.org/0000-0001-6495-5453
  • Humber Agrelli Andrade Universidade Federal Rural de Pernambuco/Professor Adjunto https://orcid.org/0000-0002-4221-8441
  • Marcondes Agostinho Gonzaga Junior Universidade Federal de Rondônia/Professor Adjunto
  • Donovan Filipe Henrique Pinto Universidade Federal de Rondônia/Professor Adjunto

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2021.e77545

Resumo

O objetivo neste trabalho foi estudar a diversidade da ictiofauna capturada com a rede de emalhar mais utilizada no estado de Pernambuco. No total foram realizadas 14 coletas no Canal de Santa Cruz (CSC) entre os meses de julho de 2013 e junho de 2014. As amostras foram obtidas com rede de emalhar de malha de 30 mm. Os peixes capturados foram retirados e separados na posição margem e centro, e na posição vertical da rede (superior, meio e inferior). Quanto à frequência de ocorrência, as espécies foram classificadas como comuns, acessórias ou ocasionais. Foram realizadas análises de diversidade alfa e beta. No total foram capturadas 19 espécies, sendo Opisthonema oglinum e Anchovia clupeoides as únicas constantes. As diversidades alfa estimadas não apresentaram diferenças significativas nos estratos temporais e espaciais. Na diversidade beta dois grupos se distinguiram, sendo que no maior ocorreu geralmente grandes abundâncias de O. oglinum. A rede avaliada foi eficiente para a espécie alvo O. oglinum e as capturas de outras espécies corresponderam a menos de 13% da icitiofauna já encontrada no CSC. Portanto, medidas de gestão que visem restringir o uso do petrecho para a proteção da diversidade, considerando a sazonalidade e espacialidade no canal, não são recomendadas.

Biografia do Autor

Severino Adriano Oliveira Lima, Universidade Federal de Rondônia/Professor Adjunto

Graduado em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2012), mestre em Recursos Pesqueiros e Aquicultura pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2015) e doutor em Recursos Pesqueiros e Aquicultura pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2018).

Humber Agrelli Andrade, Universidade Federal Rural de Pernambuco/Professor Adjunto

Graduado em Oceanografia Biológica pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1991), mestre em Oceanografia Biológica pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1996) e doutor em Oceanografia Biológica pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (2004). Tem experiência em biologia pesqueira e no uso de modelagens estatísticas na análise de problemas de ecologia, particularmente aqueles associados ao ambiente marinho. Tem trabalhado com modelos lineares generalizados e abordagens Bayesianas.

Marcondes Agostinho Gonzaga Junior, Universidade Federal de Rondônia/Professor Adjunto

Possui graduação em Engenheira de Pesca pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM (2006), CREA 40449263-0; Mestrado em Aquicultura, com ênfase em Processamento de Pescado, pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG (2010); Doutorado em Aquicultura, com ênfase em Processamento de Pescado e Piscicultura, pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG (2014), formação técnica em Processamento de Dados pelo Centro Federal de Educação Tecnológica - CEFET (2001), atual Instituto Federal - IF. Tem experiência na área de engenharia aplicada a aquicultura, piscicultura e tecnologia do pescado, atuando principalmente nos seguintes temas: piscicultura de água doce, piscicultura marinha em sistema de cultivo near-shore, pesca continental, elaboração e desenvolvimento de novos produtos, embalagens em atmosfera modificada (EAM), embalagens inteligentes, qualidade e processamento do pescado e otimização de processos na indústria pesqueira. Foi sócio-proprietário e consultor técnico da empresa de aquicultura e tecnologia AQUANORTH; Foi consultor técnico da empresa de tecnologia, processamento e beneficiamento Delicatessem Pescados da Amazônia. Foi professor/coordenador pedagógico do Curso Superior de Tecnologia em Produção Pesqueira (TECPESQ) da Universidade do Estado do Amazonas - UEA; Atualmente é professor colaborador dos Cursos de Tecnologia em Produção Pesqueira e Tecnologia em Produção de Alimentos da Universidade do Estado do Amazonas - UEA; E Professor Adjunto do Departamento de Engenharia de Pesca (DAEPA) e Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Rondônia - UNIR, ocupa a função de Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca e Aquicultura (DAEPA - PM - UNIR), e também o cargo honorífico de Diretor de Relações Internacionais da Federação dos Engenheiros de Pesca do Brasil, FAEP-BR.

Donovan Filipe Henrique Pinto, Universidade Federal de Rondônia/Professor Adjunto

Professor do Magistério Superior da Universidade Federal de Rondônia (UNIR); Departamento de Engenharia de Pesca (2019); Graduado em Engenharia de Pesca pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2009); Mestre em Aqüicultura pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2014); Doutor em Aqüicultura pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2018). Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em Ranicultura, nutrição, reprodução, digestibilidade, ácidos graxos, tilápia.

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Publicado

2021-03-04

Edição

v. 34 n. 1 (2021)

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