Mapeando áreas de potencial interação entre a atividade pesqueira e hotspots de baleias-francas na Área de Proteção Ambiental da Baleia-Franca, litoral sul de Santa Catarina, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7925.2022.e86477Palavras-chave:
Baleias-francas do Sul, Captura incidental, Emalhe em redes de pesca, Espécies ameaçadas, Pesca artesanalResumo
Após o fim da caça das baleias-francas, a interação com as atividades antrópicas, como a atividade pesqueira, é uma das principais ameaças à conservação desses animais no Sul do Brasil. De modo a identificar potenciais áreas de interação, foram realizadas entrevistas com pescadores artesanais ao longo da Área de Proteção Ambiental (APA da Baleia-Franca) identificando áreas de atividade pesqueira na unidade de conservação de uso sustentável. Utilizando estes dados, foram delimitadas as áreas de pesca através do método de estimador de densidade de kernel fixo (KDE) 95% e 50%. A partir de dados publicados de distribuição da baleia-franca, utilizando a mesma metodologia de estimação de áreas, foi analisada a sobreposição das áreas. Ao todo foram identificados 248,22 km² de áreas de interação, sendo 34,15 km² (KDE baleias 50% x KDE pesca 50%) considerados de alta interação e 214,07 km² de média interação (KDE baleias 95% x KDE pesca 50%).
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