O esgotamento do fordismo e o neoliberalismo como "fuga para frente" do capital de sua crise estrutural.

Autores

  • Remo Moreira Brito Bastos Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-3532.2013n10p105

Resumo

O presente texto busca recuperar os nexos causais e as condições históricas que desencadearam o aparecimento do neoliberalismo, ordem social por meio da qual os capitalistas empreenderam a recuperação da hegemonia econômica, social, política e cultural nas sociedades de capitalismo avançado e a neo-colonização das nações periféricas. Impossibilitado de enfrentar as raízes de suas inexoráveis crises, o sistema sociometabólico do capital opta, após a Segunda Grande Guerra, pela estratégia da "fuga para frente", de modo a dar sobrevida a suas cíclicas fases de expansão da acumulação de capital. Faz isso deslocando espacialmente e temporalmente aquelas contradições, consubstanciando um padrão de acumulação que ficou conhecido como fordismo, cujo esgotamento, a partir de meados da década de 1960, passar a comprometer seriamente a acumulação de capital nos países de capitalismo avançado, deflagrando uma crise cuja natureza, inédita, ameaça sobremaneira a própria existência do sistema.

Biografia do Autor

Remo Moreira Brito Bastos, Universidade Federal do Ceará

Servidor Público Federal (IBGE, Analista). Mestrando em Educação na Universidade Federal do Ceará (UFC), na linha de pesquisa Trabalho e Educação; atua no grupo de estudo GTPPE - Grupo de Pesquisas em Trabalho, Práxis, Política e Educação (CNPQ). Especialista em Administração Pública pela Faculdade Gama Filho (FGF-RJ) e graduado em Administração pela Faculdade Integrada do Ceará

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Publicado

2013-12-15

Edição

Seção

Artigos