Notas de um erudito

Autores

  • Isabel Lustosa Fundação Casa de Rui Barbosa

DOI:

https://doi.org/10.5007/1806-5023.2017v14n1p196

Resumo

Esta colaboração especial para o Dossiê Pensamento Político Brasileiro, organizado por Vera Cepêda, da UFSCar, e Josnei Di Carlo, da UFSC, é uma resenha do livro O índio brasileiro e a Revolução Francesa, lançado originalmente em 1937 por Afonso Arinos de Melo Franco e reeditado em 2000.

Biografia do Autor

Isabel Lustosa, Fundação Casa de Rui Barbosa

Doutora em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) (1997) e Pesquisadora Titular da Fundação Casa de Rui Barbosa. Especialista em história da imprensa e da caricatura brasileira, temas sobre os quais vem pronunciando conferências e publicou diversos livros e artigos em jornais e em revistas acadêmicas nacionais e estrangeiras. Sua dissertação de mestrado, defendida em 1991, é um estudo precursor sobre o humorismo brasileiro do começo do século XX e abriu caminho para as investigações de outros autores que se lhe seguiram. Naquele trabalho onde analisa a obra do até então esquecido humorista Mendes Fradique, identificou as matrizes do humorismo da boêmia literária daquele período e a contradição essencial de seus atores entre o conservadorismo e a contestação da ordem vigente. Ali também estabeleceu interessante contraste entre o humor da boêmia literária e a apropriação estética do humor pelo Modernismo. Seu artigo sobre J. Carlos (1995) é um marco nos estudos sobre aquele caricaturista pois identificou os principais temas e o tratamento dado pelo artista aos mesmos, associando-os à sua visão de mundo. Trabalho que também apontou caminhos para as investigações de outros pesquisadores. Nas pesquisas que estiveram na base de sua tese de doutorado, defendida em 1997, demonstrou o papel fundamental da imprensa no processo de Independência e como esta se constituiu então em uma esfera pública que deu lugar a embrionárias e imprevisíveis formas de competição política. Ao mesmo tempo, Insultos Impressos título daquele alentado trabalho, contribuiu para recuperar a linguagem que se falava no Brasil daquele tempo, refutando a idéia de que apenas a linguagem erudita do começo do novecentos nos chegou através dos impressos. A leitura desse livro, lançado em 2000, proporciona ao leitor um panorama dos debates travados em torno dos projetos para o Brasil independente, bem como dos principais atores daquela epopéia. Nos últimos anos, desde que empreendeu junto com Alberto Dines a re-edição do jornal de Hipólito da Costa Correio Braziliense ? 1808/1822 (29 volumes, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2002/2003), este tem sido o principal tema de suas investigações. Há cerca de vinte e cinco anos vem publicando na grande imprensa resenhas de alguns dos principais livros nas áreas de História e Ciências Sociais e afins, editados no Brasil. Constituindo, através dessa atividade, um grande bagagem de conhecimento sobre o estado da arte daquelas áreas. Entre o começo de outubro de 2010 e o final de janeiro de 2011 ocupou a Cátedra Simon Bolívar (IHEAL) da Université Sorbonne Nouvelle, Paris 3, na França. É titular da Cátedra Sérgio Buarque de Holanda/Maison des Sciences de l'Homme/Paris para o período 2012-2015, atuando como professora visitante da Universidade de Rennes-2.

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Publicado

2017-07-26

Edição

Seção

Resenha