As margens da subvivência em Fontamara
O rio que nos falta
DOI:
https://doi.org/10.5007/1806-5023.2022.e82723Resumo
O presente trabalho tem o objetivo de tecer relações, por intermédio de três vertentes de análise, acerca do romance neorrealista Fontamara, do escritor italiano Ignazio Silone, enfocando mais especificamente o modus “subvivente” atribuído aqui aos personagens cafoni - classe de camponeses da região do Abruzzo – que atuam como protagonistas da história narrada. As três vertentes, ou três margens propostas, permitem atravessamentos em seu curso, diálogos que partem de conceitos relacionados a biopoder e necropolítica, passando por fulgurações grotescas no romance até desembocar numa ponte por vir entre a vida cafoni – oprimida em seu tempo por um regime autoritário e brutal, assim como pela histórica condição material miserável - e a perspectiva ameríndia defendida por Deborah Danowski e Eduardo Viveiros de Castro.
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