Cinema e percepção do envelhecimento

Autores

  • Mônica Joesting Siedler Nùcleo de Estudos da Terceira Idade

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-0221.2013v10n15p101

Resumo

 

Trata-se de um relato de experiência da atividade de extensão intitulada Cinedebate em Gerontologia desenvolvida no Núcleo de Estudos da Terceira Idade da Universidade Federal de Santa Catarina, desde 2000. O Curso, com duração de quatro semestres, tem o objetivo de propiciar a integração social de pessoas por meio da discussão de filmes, treinando a percepção global do enredo, habituando-as à crítica através da formulação de posições pessoais sobre questões do envelhecimento e da própria velhice. Apresenta-se como uma tecnologia educativa para trabalhar a gerontocultura. Tal tecnologia aqui entendida na acepção de Merhy como um trabalho vivo, o qual inclui os saberes que organizam as ações humanas. Observa-se que os alunos apresentam percepção mais esclarecida do processo do viver envelhecendo; revisão do processo de viver; aprendizagem de convivência; aprendizagem do enfrentamento do inesperado; compreensão da busca constante do sentido de vida. Entre as várias experiências de ensino, a tecnologia do Cinedebate parece motivar os idosos, pois o cinema fez e faz parte do dia-dia deles, viabilizando seu funcionamento como recurso educativo. Além disso, configura-se em um meio de comunicação e de lazer, favorecendo as estreitas relações de rememoração com o tempo histórico em que o filme foi rodado. Conclui-se inferindo que o Cinedebate em Gerontologia é uma tecnologia educativa útil no processo de ensino e aprendizagem sobre o envelhecimento ao alunado idoso.

 

Biografia do Autor

Mônica Joesting Siedler, Nùcleo de Estudos da Terceira Idade

Socióloga, Especialista em Gerontologia, Mestre em Enfermagem. Trabalha no NETI desde 1993

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Publicado

2013-09-03

Edição

Seção

Posturas positivas no processo de envelhecimento (RELATOS DE EXPERIÊNCIA)