Uso comum da terra e práticas associativistas da população cabocla do planalto catarinense
DOI:
https://doi.org/10.5007/2177-5230.2008v23n45p43Resumo
No Planalto Catarinense, se estabeleceu desde fins do século XVIII, uma significativa parcela de pequenos e médios sitiantes, na maioria posseira, que viviam às margens dos latifúndios pastoris das áreas de campos naturais. Sua fonte de renda básica se ligava a agricultura de subsistência e práticas ligadas à exploração de recursos em comum de campos, pinheirais e ervais nativos. O acesso a estes recursos, da mesma forma que a posse da terra e a vida social, era regulado por práticas, normas e costumes, impossíveis de serem apreciadas somente pelo viés econômico, as quais eram transmitidas de geração a geração, onde a oralidade e o direito costumeiro exerciam uma importância fundamental. Isso vai se desestruturando, à medida que uma nova dinâmica sócio-espacial, ligada à economia capitalista vai se instaurando na região, frente aos novos condicionantes espaciais que se fazem sentir, como a colonização, a propriedade legal, o cercamento das terras e a devastação das florestas.
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