Percepção dos impactos socioambientais da implantação de parques eólicos na comunidade de Ponta do Mel, Areia Branca/RN

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2019v34n73p262

Resumo

Devido as características físicas favoráveis – alta incidência de ventos fortes e constantes, o estado do Rio Grande do Norte (RN), investe na implantação de parques de energia eólica, principalmente nos municípios situados na zona costeira, ocasionando diversos os impactos socioambientais. O presente artigo tem o objetivo de identificar esses impactos, através da percepção ambiental dos moradores da comunidade de Ponta do Mel/RN, mediante aplicação de um questionário semiestruturado.  Foram observados que 85,71% apoiariam a instalação de novos parques eólicos. Com esse resultado foi possível observar que os critérios locacionais utilizados para implantação dos parques foram favoráveis ao local. 

Biografia do Autor

Fabiana Silva Medeiros Ferreira, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN.

Possui graduação em Tecnologia em Meio Ambiente pelo Centro Federal de Educação Tecnologica do Ria Grande do Norte (2004), especialização em Gestão e Perícia Ambiental pela FARN (2009) , graduação Ciências Biólogica na UFRN (2012) e cursando o mestrado em Geografia na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de gestão de resíduos sólidos, na área petroquímica, implantação de parques eólicos e gestão de unidades de conservação.

Ramiro Gustavo Valera Camacho, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró-ESAM, atual Universidade Federal Rural do Semi-Árido (1988), mestrado em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (1991) e doutorado em Ciências (Área de concentração Botânica) pelo Instituto de Biociências -IB, da Universidade de São Paulo - USP (2001). Atualmente é Professor adjunto IV do Departamento de Ciências Biológicas - DECB e participamos do Programa de Pós-graduação em Ciências Naturais - PPGCN e do Programa de Pós-graduação em Geografia - PPGGeo da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte- UERN. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Levantamento Floristico e Vegetacional de Unidades de Conservação no semiárido potiguar, Padrões de Distribuição da Caatinga, extremamente preocupado com a preservação da biodiversidade nas unidades de conservação do Rio Grande do Norte, atuando principalmente nos seguintes temas: caatinga, desenvolvimento sustentável do semiárido, conservação e preservação da caatinga e educação ambiental. Desde 2013 é presidente do Comitê de Bacia do Rio Apodí-Mossoró.

Rodrigo Guimarães de Carvalho, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Possui Graduação em Geografia (Bacharelado, UECE, 2002), Especialização em Planejamento e Gestão Ambiental (UECE, 2004) , Mestrado em Geologia (UFC, 2007) e Doutorado em Geografia (UFC, 2011). Atua como Professor Adjunto IV da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN junto ao curso de Bacharelado em Gestão Ambiental, Mestrado em Ciências Naturais e Mestrado em Geografia. Desenvolve pesquisa e extensão nas seguintes áreas: estudos socioambientais para a criação e manejo de áreas protegidas, análise de indicadores ambientais, gestão da zona costeira e zoneamento ambiental. Presidente do Comitê de Bacia do Rio Apodi-Mossoró 2018 - 2019, é membro efetivo do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, do Fórum Potiguar dos Comitês de Bacias Hidrográficas, do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, do Conselho Gestor da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão e do Conselho Turístico do Pólo Costa Branca.

Referências

ALMEIDA, L. Q. Vulnerabilidades Socioambientais de Rios Urbanos: Bacia Hidrográfica do Rio Maranguapinho, Região Metropolitana de Fortaleza, Ceará. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Geografia. Rio Claro/SP, 2010.

BARRETO, K. F. B. Impactos da intervenção do projeto “Doces Matas” em comunidades de Mata Atlântica: perspectiva de um estudo de percepção ambiental. Sergipe, 2008, f. 132. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) – Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente PRODEMA, Universidade Federal de Sergipe, Sergipe, 2008.

CASTELLO, L. Percepção do ambiente educando educadores. Percepção ambiental: a interdisciplinariedade no estudo da paisagem, OLM – Ciência e Tecnologia, Rio Claro, V.1, n 2, p. 153-165, nov, 2001.

COSTA, R. F. Ventos que transformam? Um estudo sobre o impacto econômico e social da instalação dos parques eólicos no Rio Grande do Norte/Brasil. 2015. 212 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Urbanos e Regionais) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.

CNMAD, Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso Futuro Comum. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas – FGV, 1991.

CPRM, Companhia de Recursos Minerais. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por águas subterrâneas. Diagnóstico do município de Areia Branca, estado do Rio Grande do Norte. Recife, PE: CPRM/PRODEEM, 2005. Disponível em: http://rigeo.cprm.gov.br/xmlui/bitstream/handle/doc/16239/rel_areia_branca.pdf?sequence=1. Acesso em: 8 fev. 2018.

FREITAS, Stênio Felix. Índice de Vulnerabilidade Socioambiental para Atividades dos Parques Eólicos, Percepção e Impactos Ambientais na Comunidade de São Cristovão, Areia Branca – RN. Dissertação de Mestrado Programa de Pós-Graduação em Ciências Naturais. UERN. Mossoró/RN, 2018.

HOFSTAETTER, M. Energia eólica: entre ventos, impactos e vulnerabilidades socioambientais no Rio Grande do Norte. 2016. 176 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Urbanos e Regionais) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rn/areia-branca/panorama. Acesso em: 10 de maio de 2017.

IDEMA, Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte. Perfil do seu município: Areia Branca. Natal, RN, 2008. Disponível em: http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/idema/DOC/DOC000000000016658.PDF. Acesso em: 14 fev. 2018.

INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2017. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica . Acesso em: 05 de janeiro de 2019.

INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2018. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/definido-o-cronograma-do-censo-escolar-2018/21206 . Acesso em: 05 de janeiro de 2019.

JUÁREZ, A. A.; ARAÚJO, A. M.; ROHATGI, J. S.; OLIVEIRA FILHO, O. D. Q. Development of the wind power in Brazil: Political, social and technical issues. In: Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 39, p. 828-834, jul-nov, 2014.

KOZEL, S. T. Das imagens às linguagens do geográfico: Curitiba, a “ Capital ecológica”. Tese de doutorado. Departamento de Geografia. USP.SP, 2001.

LOUREIRO, C. V.; GORAYEB, A.; BRANNSTROM, C. Análise comparativa de políticas de implantação e resultados sociais da energia eólica no Ceará (Brasil) e no Texas (EUA). Revista RAEGA – O Espaço Geográfico em Análise. Curitiba, v.40, p. 231 -247 , Ago/2017.

LOUREIRO, C. V.; GORAYEB, A.; BRANNSTROM, C. Implantação de energia eólica e estimativa das perdas ambientais em um setor do litoral oeste do Ceará, Brasil. Geosaberes: revista de estudos geoeducacionais, Fortaleza, v. 6, n. 1, p. 24 - 38, jul. 2015. Disponível em: http://www.geosaberes.ufc.br/geosaberes/article/view/361. Acesso em: 06 fev. 2018.

NASCIMENTO, B. T. C. O Papel do Bibliotecário em Áreas de Influência Indireta dos Parques Eólicos no Rio Grande do Norte: Implantação da Biblioteca Comunitária Mar e Terra. Natal: UFRN, 2014.

MEDEIROS, W. D. A.; CUNHA, L.; ALMEIDA, A. C. Dinâmica territorial e impactos ambientais no município de Areia Branca-RN (nordeste do Brasil): uma análise preliminar. Revista Geográfica de América Central. Número Especial EGAL, Costa Rica, pp. 1-14, 2011.

MEDEIROS, W. D. A.; CUNHA, L.; ALMEIDA, A. C. Riscos Ambientais e percepção no litoral: estudo comparativo Brasil-Portugal. Revista Geonorte, Edição Especial, v.1, n.4, p-985-997, 2012.

MELAZO, G.C. A percepção ambiental e educação ambiental: uma reflexão sobre as relações interpessoais e ambientais no espaço urbano. Olhares & Trilhas . Uberlândia, Ano VI, n. 6, p. 45-51, 2005.

MOREIRA, R.N; BIZZARRIA, F.P.A; MARQUESAN, F.F.S; BARBOSA, F.L.S. Sustentabilidade e energia eólica: percepções comunitárias no interior do Ceára – Brasil. COLÓQUIO – Revista do Desenvolvimento Regional - Faccat - Taquara/RS - v. 14, n. 1, jan./jun. 2017.

PINTO, M.F.; NASCIMENTO, J.L.J.; BRINGEL, P.C.F.; Meireles, A.J.A. (2014). Quando os conflitos socioambientais caracterizam um território? Gaia Scientia (ISSN: 1981 -1268), Ed. Espe. Populações tradicionais: 272 – 288. João Pessoa, PB, Brasil. Disponível on-line em http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/gaia/index

RIBEIRO, L. M. O papel das representações sociais na educação ambiental. Dissertação de Mestrado, pela Pontifícia Universidade Católica. Departamento de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. Rio de Janeiro, 2003.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.

SACHS Ignacy. Energias Renováveis no Brasil: desafios e oportunidades. Santos, SP: Editora Brasileira de Arte e Cultura, 2011.

SANTOS, M. M. de et al. Percepção ambiental da população do entorno do Parque Estadual Xixová-Japuí (PEXJ). In: MEDEIROS, R. & IRVING, M.A. (orgs.). Áreas Protegidas e Inclusão Social: Tendências e perspectivas, V (3), 2007.

SOUZA, L. B.; ZANELLA, M. E. Percepção de Riscos Ambientais: Teoria e Aplicações. Fortaleza: Edições UFC, 2009.

STAUT, Fabiano. O Processo de Implantação de Parques Eólicos no Nordeste Brasileiro. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental Urbana. Salvador, 2011.

TAGLIANI, C. R. A. A mineração na porção média da Planície Costeira do Rio Grande do Sul: estratégia para a gestão sob um enfoque de Gerenciamento Costeiro Integrado. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Geociências. UFRGS. Rio Grande do Sul - RS. 252 p. 2002.

TRIOLA, Mário F. Introdução à estatística. 7.ed. Rio de Janeiro-RJ: LTC. 1999.

TUAN, Yi-Fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 1980.

VALE, M. N. Um estudo acerca da utilização do tempo disponível dos idosos em Areia Branca/RN. Turismo: Estudos e Práticas - UERN, Mossoró/RN, vol. 1, n. 2, jul./dez. 2012.

VEYRET, Y. Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 2007.

Downloads

Publicado

2019-12-06

Edição

Seção

Artigos