Decomposição estrutural das emissões de gases de efeito estufa dos países do BRIC
DOI:
https://doi.org/10.5007/1982-5153.2020v35n75p506Resumo
Este artigo objetiva decompor os fatores responsáveis pela evolução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) de 1995 a 2009. Para tanto, foi utilizado o método de análise de decomposição estrutural a partir das matrizes de insumo-produto e emissões setoriais de GEE da World Input-Output Database (WIOD). Os principais resultados indicam que, no Brasil, a exportação da agropecuária foi o fator que mais contribuiu para o aumento das emissões no período; na Rússia destacou-se a demanda intermediária da indústria; na Índia e na China, a demanda final da indústria apresentou a maior participação no aumento das emissões desses países. Além disso, os quatro países do BRIC foram exportadores líquidos de emissão de GEE no período analisado, com destaque para a Rússia.Referências
ALMEIDA, M., PELLENZ, J. L. V., ARAUJO, T., DANTAS, J. N. S. Brasil no Acordo de Paris: análise das emissões de gases do efeito estufa. Anais... XXI ENCONTRO DE ECONOMIA DA REGIÃO SUL- ANPEC-SUL, Curitiba-PR, 2018.
ANGONESE, A.R., CAMPOS, A. T., WELTER, R. A. Potencial de redução de emissão de equivalente de carbono de uma unidade suinícola com biodigestor. Engenharia Agrícola, v. 27, p. 648-657, 2007.
BANCO MUNDIAL. Disponível em: http://www.worlific American. Volume 26dbank.org/pt/country/brazil. Acessado em: 8 de janeiro de 2018.
BRANCO, R. C. Os BRICS: oportunidades e desafios. FGV Crescimento e Desenvolvimento, 2015.
CABRAL, J. A., PEROBELLI, F. S. Análise de decomposição estrutural para o setor de saúde brasileiro: 2000 a 2005. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 42, p. 363-402, 2012.
CARVALHO, T. S., SANTIAGO, F. S., PEROBELLI, F. S. International trade and emissions: The case of the Minas Gerais state - 2005. Energy Economics, v. 40, p. 383-395, 2013.
CASLER, S. D., ROSE, A. Carbon dioxide emissions in the U.S. Economy: a structural decomposition analysis. Environmental and Resource Economics, 11(3–4): 349–363, 1998.
CERQUEIRA, G. A. et al. A Crise Hídrica e suas Consequências. Brasília: Núcleo de Estudos e Pesquisas/CONLEG/Senado, abril/2015 (Boletim do Legislativo nº 27, de 2015). Disponível em: www.senado.leg.br/estudos. Acesso em 08 de abril de 2019.
CERRI, C. C., CERRI, C. E. P. Agricultura e aquecimento global. Boletim Informativo - SBCPD, v. 32, p. 40-44, 2007.
COPELAND, B. R., TAYLOR, M. S. Trade, Growth, and the Environment. Journal of Economic Literature, v. 42, n.1, p. 7-71, 2004.
FERNANDES, L., GARCIA, A., FRANÇA, G., CARESIA, M. Matrizes energéticas e desenvolvimento desigual: os BRICS no atual debate sobre mudanças climáticas. In: Policy Brief. Rio de Janeiro. 2012.
FERRARI FILHO, F., PAULA, L. F. R. Liberalização financeira e performance econômica: a experiência recente dos BRIC. In: Anais...XI Encontro Nacional de Economia Política, Vitória, 2006.
GÓMEZ, J. M., CHAMON, P. H., LIMA, S. B. Por uma nova ordem energética global? potencialidades e perspectivas da questão energética entre os países BRICS. Contexto Internacional, v. 34, n. 2, p. 531-396, 2012.
IPCC - INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE. Climate Change 2007: Synthesis Report. Disponível em: http://www.ipcc.ch/. Acessado em: 1 de fevereiro de 2018.
MILLER, R. E., BLAIR, P. D. Input-output analysis: foundations and extensions. Cambridge University Press, 2009.
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC - BR). Estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Brasília, DF. 2016.
MOREIRA, T. M., RIBEIRO, L.C.S. Mudanças estruturais na economia brasileira entre 2000 e 2005 e o novo regime macroeconômico: uma abordagem multissetorial. Economia, v. 14, p. 751-780, 2013.
MUNIZ, L. S. A Crise econômica de 2008 e a Rússia: consequências e fragilidades da economia russa. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: FGV/EBAPE, 2011.
PERDIGÃO, C., FAIÃO, T. F., RODRIGUES, R. L., ESTEVES, E. G. Z., SESSO FILHO, U. A., ZAPAROLLI, I. D. Decomposição estrutural das emissões de CO2 do BRIC. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, v. 11, p. 293-313, 2017.
PORTILHO, F. Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania. Editora Cortez. São Paulo, 2005.
RIBEIRO, L. C. S., LEÃO, E. J. A., FREITAS, L. F. Greenhouse gases emissions and economic performance of Livestock, an environmental input-output analysis. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 56, n. 2, p. 225-238, 2018.
RODRIGUES, G. C. Crescimento e desenvolvimento chinês: o desafio ambiental. São Paulo, 2013.
SESSO FILHO, U. A.., RODRIGUES, R. L., MORETTO, A. C., BRENE, P. R. A., LOPES, R. L. Decomposição estrutural da variação do emprego no Brasil, 1991-2003. Economia Aplicada, v. 14, p. 99-123, 2010.
SILVA, B. E. N., SANQUETA, C. R. Ánalise da contribuição nacionalmente determinada (NDC) brasileira em comparação aos países do BRICS. Revista Presença Geográfica, v. 6, p. 7317. -89, 20, 2017.
SILVA, M. P. N., PEROBELLI, F. S. Efeitos tecnológicos e estruturais nas emissões brasileiras de CO2 para o período 2000 a 2005: uma abordagem de análise de decomposição estrutural (SDA). Estudos Econômicos, v. 42, p. 307-335, 2012.
SOUZA, K. B., BASTOS, S. Q. A., PEROBELLI, F. S. Multiple trends of tertiarization: A comparative input-output analysis of the service sector expansion between Brazil and United States. Economia, v. 17, p. 141-158, 2015.
TAYLOR, M. S. Unbundling the pollution haven hypothesis. Advances in Economic Analysis & Policy, v. 4, n. 2, 2004.
TIMMER M. P, DIETZENBACHER, E., LOS, B., STEHRER, R., DE-VRIES, G. J. An illustrated user guide to the world input–output database: the case of global automotive production. Review of International Economics, v. 23: 575-605, 2015.
VALE, V. A., PEROBELLI, F. S., CHIMELI, A. B. International trade, pollution and economic structure: Evidence on CO2 emissions for the North and the South. Economic Systems Research, v. 30, p. 1-17, 2017.
VIALLI, A. O empurrão Chinês: tudo indica que a China será o país indutor de uma transição mundial para uma economia de baixo carbono. In: Economia Verde, p. 22. fevereiro, 2015.
VIEIRA, A. E. M. Emissões de CO2 e impacto ambiental: uma análise dos impactos da abertura comercial, tipos de energia e composição do PIB sobre a intensidade das emissões. Florianópolis, 2015.
WACHSMANN, U. Mudanças no consumo de energia e nas emissões associadas de CO2 no Brasil entre 1970 e 1996 – uma análise de decomposição estrutural. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, 2005.
WIEBE, K. S., BRUCKNER, M., GILJUM, S., LUTZ, C. Calculating energy-related co2 emissions embodied in international trade using a global input–output model. Economic Systems Research, v. 24, n. 2, p. 113-139, 2012.
ZANDONAI, R. Os BRICS na arena de mitigação das mudanças climáticas. In: Anais...I Seminário Internacional de Ciência Política, Porto Alegre, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
![Licença Creative Commons](https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.