Composição das exportações e crescimento econômico: uma análise espacial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-5230.2020v35n76p377

Resumo

Este artigo examina a relação entre composição das exportações e crescimento econômico, para um amplo conjunto de países, entre 2000 e 2010 – década marcada por forte elevação dos preços de commodities no mercado internacional. Para tanto, propõe um índice de qualidade de exportações, a partir da classificação em categorias de intensidade tecnológica desenvolvida por Lall (2000). Considerando a presença de dependência espacial nas variáveis, estima-se a relação entre qualidade das exportações e crescimento econômico com a utilização de modelos de painel espacial. Os resultados sugerem que – a despeito da grande expansão da demanda e dos preços de commodities durante a maior parte da década – os países com estruturas exportadoras com maior conteúdo tecnológico apresentaram taxas de crescimento mais elevadas durante o período analisado.

Biografia do Autor

Gilberto Libânio, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Professor Associado do Departamento de Ciências Econômicas e do Programa de Pós Graduação em Economia do CEDEPLAR / UFMG.

Sueli Moro, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Professora Associada do Departamento de Ciências Econômicas e do Programa de Pós Graduação em Economia do CEDEPLAR / UFMG.

Anna Carolina Londe, Economista

Economista

Referências

Anselin, L.; Le Gallo, J.; Jayet, H. Spatial Panel Econometrics. In: Matyas, L.; Sevestre, P. (Eds.). The Econometrics of Panel Data: Fundamentals and Recent Developments in Theory and Practice. 3.ed. Dordrecht: Kluwer, 2008.

Anselin, L.; Florax, R.; Rey, S. (Eds.).Advances in Spatial Econometrics. Methodology, Tools and Applications. Berlin: Springer-Verlag, 2004.

Arellano, M.; Bover, O. Another look at the instrumental variable estimation of error-components models. Journal of Econometrics,v.68,n.1, p. 29–51, July1995.

Arellano, M.;Bond, S.Some tests of specification for panel data: Monte Carlo evidence and an application to employment equations. Review of Economic Studies, v.58, n.2, p 277–297, 1991.

Blundell, R.; Bond, S.Initial conditions and moment restrictions in dynamic panel data models. Journal of Econometrics, v. 87, n.1, p.115–143, November 1998.

Dosi, G.; Freeman, C.; Fabiani, S. The process of economic development: introducing some stylized facts and theories on technologies, firms and institutions.Industrial and Corporate Change,v. 3, n. 1, 1994.

Dosi, G.; Pavitt, K.; Soete, L. The economics of technical change and international trade. London: Harvester Wheatsheaf, 1990.

Fagerberg, J. Technology and international differences in growth rates. Journal of Economic Literature, v. 32, n.3, p. 1147-1175, 1994.

Fagerberg, J. Why growth rates differ. In: Dosi, G. et al (Org.). Technical change and economic theory. London: Pinter Publishers, 1988.

Greene, W, H.Econometric Analysis. 7.ed. New York: Prentice Hal, 2012.

Grossman, G. M.; Helpman, E. Innovation and growth in the global economy. Cambridge, MA: The MIT Press, 1991.

Haussmann, R.; Hwang, J.; Rodrik, D. What you export matters. Journal of Economic Growth, Springer, v. 12, n.1, p. 1-25, March 2005.

Holtz-Eakin, D.; Newey, W.; Rosen, H. Estimating Vector Autoregressions With Panel Data. Econometrica, v. 56, n. 6, p. 1371-1395, 1988.

Kaldor, N. Causes of the Slow Rate of Economic Growth of the United Kingdom: an Inaugural Lecture. Cambridge: Cambridge University Press, 1966.

Kaldor, N. A model of economic growth. The Economic Journal, v.67, p. 591-624, 1957.

Lall, S. The technological structure and performance of developing country manufactured exports, 1985-98. Oxford Development Studies, v. 28, n. 3, p. 337-369, 2000.

Lederman, D.; Maloney, W. Trade structure and growth. In: Natural resources, neither curse nor destiny. Washington: The World Bank, 2007.

Londe, A.; Libanio, G. A estrutura tecnológica das exportações dos países em desenvolvimento nos anos 2000: análise e implicações para o crescimento. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA – ANPEC, 41, 2013, Foz do Iguaçu.

ORGANISATION FOR ECONOMIC COOPERATION AND DEVELOPMENT OECD. Globalisation and Competitiveness: Relevant Indicators, Paris, OECD Directorate for Science, Technology and Industry, DSTI/EAS/IND/WP 9(94)19.

Pavitt, K. Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy, v. 13, p. 343-373, 1984.

Prebisch, R. O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus problemas principais. In: Bielschowsky, R. (Org.). Cinquenta anos de pensamento na CEPAL. v.1. Rio de Janeiro: Record, 2000.

Rodrik, D. What’s so special about China’s exports? NBER Working Paper, n. 11947, 2006.

Ros, J. Trade specialization and economic growth. In: Fanelli, J., Medhora R. (eds). Finance and Competitiveness in Developing Countries. New York: Routledge, 2002.

UNCTAD. Trade and Development Report 2009. New York and Geneva: United Nations, 2009.

Wooldridge, J. Econometric Analysis of Cross Section and Panel Data. Cambridge, MA: MIT Press, 2001.

Young, A. Increasing returns and economic progress.Economic Journal, v. 38, p. 527-542, 1928.

Downloads

Publicado

2020-10-27

Edição

v. 35 n. 76 (2020)

Seção

Artigos

Licença

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.