Contribuições da ecologia política para a desconstrução de narrativas vinculadas a injustiças ambientais
DOI:
https://doi.org/10.5007/2177-5230.2021.e70406Resumo
Pesquisadores ligados à Ecologia Política têm evidenciado e analisado injustiças ambientais. Apesar de diversos conflitos denunciarem essas injustiças, existem injustiças ocultas que precisam ser conhecidas e interpretadas. Portanto, é preciso refletir sobre como dar visibilidade às injustiças socioambientais e como sensibilizar as pessoas para conhecerem e contribuírem na desconstrução dos discursos mentirosos que apoiam essas injustiças. Por outro lado, é preciso identificar, conhecer, analisar e fortalecer o processo de construção de alternativas que contribuam para a justiça socioambiental. Este artigo levanta questões a respeito de como desconstruir injustiças ambientais e de caminhos para se fortalecer a construção de alternativas decoloniais, numa perspectiva dialética.
Referências
ACSELRAD, Henri. Ambientalização das lutas sociais - o caso do movimento por justiça ambiental. Estudos avançados, v. 24, n. 68, p. 103-119, 2010.
ALIMONDA, H. La colonialidad de la naturaleza. Una aproximación a la ecología política latinoamericana. In.: ALIMONDA, H (Org). La naturaleza colonizada: ecología política e minería en América Latina. Buenos Aires: CLACSO, 2011.
ALIMONDA, Hector. Ecología política latinoamericana y pensamiento crítico: vanguardias arraigadas. Desenvolvimento e meio ambiente, 35, pp. 161-168, 2015. DOI: 10.5380/dma.v35i0.44557
ALIMONDA, H. Notas sobre la ecología política latinoamericana: arraigo, herencias,
diálogos. Ecología Política, v.51, p. 36-42, 2016.
ALIMONDA, Hector; PÉREZ, C.; MARTÍN, F. (Org.). Ecología política latinoamericana: pensamiento crítico, diferencia latinoamericana y rearticulación epistémica. CLACSO; México/Ciccus. Vol I., 2017a.
ALIMONDA, Hector; PÉREZ, C.; MARTÍN, F. (Org.). Ecología política latinoamericana: pensamiento crítico, diferencia latinoamericana y rearticulación epistémica. CLACSO; México/Ciccus. Vol II., 2017b.
AUTOR. A dialética da relação natureza-sociedade e a dimensão territorial da questão ambiental. In: XI Encontro Nacional da Associação de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia, 2015, Presidente Prudente, SP. Anais[...]. Dourados, MS: UFGD Editora, 2015.
AUTOR. A perspectiva dialética no uso dos recursos naturais e a abordagem territorial como elemento de interpretação de dinâmicas socioambientais. Terra Livre, v. 2, p. 133-168, 2013.
AUTOR. Uma reflexão sobre ciência e conceitos: o território na Geografia. In: RIBAS, Alexandre D.; SAQUET, Marcos A.; SPOSITO, Eliseu S. (Org.). Território e Desenvolvimento: diferentes abordagens. Francisco Beltrão -PR: Unioeste, 2004, v. 1, p. 67-86.
BAILEY, Sinéad; BRYANT, Raymond. Third world political ecology. London and New York: Routledge, 2005.
BATTERBURY, Simon. Doing political ecology inside and outside the academy. In: BRYANT, Raymond (Ed.). The international handbook of political ecology. Edward Elbar Publishing: Cheltenham, UK + Northampton, MA, USA, 2015. p. 27-43.
Blaikie, Piers. Environment and access to resources in Africa, Africa, 59, 18–40, 1989.
ESCOBAR, Arturo. Territories of Difference. Durham, NC: Duke University Press, 2008.
FEDERAÇÃO DE ÓRGÃOS PARA ASSISTÊNCIA SOCIAL E EDUCACIONAL (FASE). Justiça Ambiental. Disponível em <https://fase.org.br/pt/o-que-fazemos/justica-ambiental/>. Acessado em 12/11/2019.
GUDYNAS, Eduardo. Ecología, Economía y Etica del Desarrollo Sostenible. Montevideo: Coscoroba Ed., 2004.
HARVEY, David. The nature of environment: the dialectics of social and environmental change. In: Miliband. R.; Panitch, L. (Org.). Real Problems, False Solutions: Socialist Register. Merlin Press: London, pp. 1–51, 1993.
IORIS, Antônio A. R. O que é Justiça Ambiental. Ambiente & Sociedade, v. 12, n. 2, p. 389-392, 2009.
LEFF, Enrique. Encountering political ecology: epistemology and emancipation. BRYANT, Raymond (Ed.). The international handbook of political ecology. Edward Elbar Publishing: Cheltenham, UK + Northampton, MA, USA, 2015. p. 44-56.
MARTINEZ-ALIER, Joan. Da economia ecológica ao ecologismo popular. Blumenau: Ed. da FURB, 1998.
MARTINEZ-ALIER, Joan M. O ecologismo dos pobres: conflitos ambientais e linguagens de valoração. Contexto, 2015.
PORTO-GONÇALVES, Carlos W. Lucha por la tierra, lucha por la Tierra - ruptura metabólica y reapropiación social de la naturaleza. POLIS (SANTIAGO. IMPRESA), v. 45, p. 1-18, 2016.
PORTO-GONÇALVES, Carlos W.; LEFF, Enrique. Political Ecology in Latin America: the Social Re-Appropriation of Nature, the Reinvention of Territories and the Construction of an Environmental Rationality. Desenvolvimento e meio ambiente, 35, 65-88, 2015. DOI: 10.5380/dma.v35i0.43543
PORTO-GONÇALVES. Carlos Walter. A globalização da natureza e a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
REDE BRASILEIR DE JUSTIÇA AMBIENTAL (RBJA). Carta política do VI Encontro Nacional da Rede Brasileira de Justiça Ambiental. Belo Horizonte, 2014. Disponível em <https://redejusticaambiental.files.wordpress.com/2014/09/carta-polc3adtica_rbja1.pdf>. Acessado em 08/11/2019.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: HUCITEC, 1996.
SOUZA, Marcelo L. de. O que é a Geografia Ambiental? AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política, v. 1, n. 1., p. 14-37, 2019.
SOUZA, Marcelo L. de. Quando o trunfo se revela um fardo: reexaminando os percalços de um campo disciplinar que se pretendeu uma ponte entre o conhecimento da natureza e o da sociedade. Geousp – Espaço e Tempo, v. 22, n. 2, p. 274-308, 2018.
SOUZA, Marcelo L de. Por uma geografia libertária. Rio de Janeiro: Consequência, 2017.
SOUZA, Marcelo L. de. Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.
SOUZA, Marcelo L. de. A prisão e a ágora. Reflexões sobre a democratização do planejamento e da gestão das cidades: Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.