Áreas verdes na Baixada Fluminense: configurações de uma biogeografia urbana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-5230.2022.e84106

Palavras-chave:

Habitats Urbanos, Paisagem urbana, Uso e ocupação da terra, Arborização urbana, Índice de áreas verdes

Resumo

Ao se propor reconhecer e compreender a Biogeografia Urbana de um determinado território, o pesquisador se compromete em espacializar e caracterizar a composição vegetativa dos diversos espaços livres que compõem o meio urbano de forma quantitativa e qualitativa, a fim de entender as dinâmicas ecológicas que envolvem estes territórios com os demais seres vivos que ali habitam. Desse modo, o presente artigo visa apresentar a configuração da biogeografia urbana de partes do municípios de Nova Iguaçu e Seropédica no Estado do Rio de Janeiro, utilizando o Sistema de Informações Geográficas (SIG) para identificar o percentual de cobertura vegetal e o índice de áreas verdes, atrelando os dados ao uso e ocupação da Terra, densidade populacional e gestão pública desses ambientes.

Biografia do Autor

Karine Bueno Vargas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/Docente do Departamento de Geografia, Seropédica

Graduada em Geografia (bacharelado/licenciatura) pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. É Mestra e Doutora em Geografia (Análise Ambiental e Regional) pelo Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá - UEM. Atualmente é professora adjunta do Departamento de Geografia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGGEO. Faz parte do Laboratório Integrado de Geografia Física Aplicada (LIGA) e Coordena o Programa Residência Pedagógica (Núcleo Geografia Seropédica), o Grupo de Estudos em Biogeografia e Dinâmicas da Paisagem e o Programa de Extensão Guarda Compartilhada Flona Mário Xavier. Possui experiência em Geografia Física, atuando principalmente nas seguintes áreas: Biogeografia, Educação Ambiental, Ensino de Geografia Física e Geomorfologia.

Sarah Lawall, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/Docente do Departamento de Geografia, Nova Iguaçu, Brasil.

Professora Adjunta do Departamento de Geografia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Campus Nova Iguaçu (RJ). Formada em Geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (Bacharelado e Licenciatura),pós-graduação (Mestrado e Doutorado) pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisadora no Grupo de Estudos em Evolução e Dinâmica da Paisagem e no Grupo de Estudos em Biogeografia e Dinâmica da Paisagem, ambos pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Colaboradora no LAMPEGE/UFRJ (Laboratório de Monitoramento e Modelagem Pedogeomorfológicos). Atua na área de Geografia Física, no campo do ensino, pesquisa e extensão com temas ligados a Dinâmica da Paisagem, com olhar para Pedologia, Biogeografia e Hidrologia. Leciona no curso de Licenciatura em Turismo pelo CEDERJ - modalidade EAD e é mãe de uma filha, com licença maternidade no ano de 2015.

Rayssa Evangelista Matos de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Mestranda do Programa de Pós Graduação em Geografia

Mestranda em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Graduada em Geografia (Licenciatura) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto Multidisciplinar (UFRRJ/IM). Integrante do Grupo de Estudos em Biogeografia e Dinâmicas da Paisagem pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Possui pesquisas sobre o ensino de Geografia Física na área da Educação Especial e sobre Biogeografia Urbana.

Felipe de Freitas Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/Graduando do Curso de Geografia

Graduando do curso de geografia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Departamento de Geografia, Seropédica, Brasil.

Julio Cesar Carou Felix de Lima, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/Mestrando do Programa de Pós Graduação Geografia

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geografia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Pesquisa sobre Educação Ambiental em Unidades de Conservação; Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho (2019) pela Universidade Santo Amaro (UNISA); Graduado em Engenharia Ambiental (2016) pela Universidade Santo Amaro (UNISA); Técnico de Segurança do Trabalho pelo Centro Técnico Sequencial (2010). Possui experiência com gestão e processos de melhoria em plataformas educacionais; docência e tutoria EAD; e produção de conteúdo. Atualmente, atuo como Supervisor de LMS na Universidade Santo Amaro; Membro do Grupo de Acompanhamento do Programa Municipal de Educação Ambiental (ProMEA) da Secretaria de Meio Ambiente de Seropédica-RJ.

Referências

ANEPAC - Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção Civil. Seropédica paralisou construção no Rio de Janeiro. 2008. Informações Técnicas. Revista Areia e Brita, São Paulo, n. 43, p. 6-17 Disponível em: <https://www.anepac.org.br/publicacoes/revista-areia-e-brita/item/174-edicao-43-2008-jul-ago-set> Acesso em: 08 set. 2021.

COLTRI, P. P.; FAGNANI, M. A.; LABAKI, L. C.; FERREIRA, N. J.; DEMÉTRIO, V. A. Variabilidade dos principais elementos climáticos e urbanização na região de Piracicaba, SP. Revista Brasileira de Engenharia de Biossistemas, Tupã, São Paulo, Brasil, v. 1, n. 2, p. 197–208, 2007.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 369, de 28 de março de 2006. Diário Oficial da União, Edição Número 61, de 29/03/2006. Disponível em: <http://conama.mma.gov.br/?option=com_sisconama&task=arquivo.download&id=480> Acesso em: 25 de abril de 2021.

CORRÊA, R. L. O Espaço Urbano. 4. Edição. São Paulo: Editora Ática, 2003.

DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral. 2006. Anuário Mineral Brasileiro. Brasília, DNPM, Anuário 34, 77 p.

HARDER, I. C. F. Inventário Quali-Quantitativo da Arborização e Infra-Estrutura das Praças da cidade de Vinhedo (SP). 2002. 122 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Agronomia, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Panorama Cidades: Nova Iguaçu. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/nova-iguacu/panorama>. Acesso em: 07 set. 2021.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Panorama Cidades: Seropédica. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/seropedica/panorama>. Acesso em: 08 set. 2021.

INEA - Instituto Estadual do Ambiente. órgão público. Base de Dados Geoespaciais: Nova Iguaçu. Disponível em: <https://inea.maps.arcgis.com/apps/MapSeries/index.html?appid=ebac16d96c1b4cce9b7a140057438e8e>. Acesso em: 07 set. 2021.

INEA - Instituto Estadual do Ambiente. órgão público. Base de Dados Geoespaciais: Seropédica. Disponível em: <https://inea.maps.arcgis.com/apps/MapSeries/index.html?appid=fba2692be1524d2988619bad8d4be14a>. Acesso em: 08 set. 2021.

JIM, C.Y. Urban Biogeography. The International Encyclopedia of Geography, 2017. DOI: 10.1002/9781118786352.wbieg0090.

LAWALL, S. Nova Iguaçu: uma cidade “entre” maciços florestados e unidades de conservação - considerações a partir de uma biogeografia urbana. IN: GE1O ANOS: Reflexões, contribuições e perspectivas da Geografia no Instituto Multidisciplinar da UFRuralRJ [recurso eletrônico] / Laura Delgado Mendes (Org.) -- Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2021.

LUZ, L. M.; RODRIGUES, J. E. C. Análise do Índice da Cobertura Vegetal em Áreas Urbanas: Estudo de Caso da Cidade de Belém-PA. Boletim Amazônico de Geografia, Belém, v. 1, n. 1, p. 43-57, 2014.

MENEZES, W. A. A heterogeneidade e dinâmicas da paisagem na interação terra-atmosfera no município de Nova Iguaçu (RJ) a partir da aplicação de geotecnologias livres. 2016. Monografia (Graduação em Geografia) – Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, 2016.

MILANO, M.; DALCIN, E. Arborização de vias públicas Rio de Janeiro: LIGHT, 2000. 226 p.

MONTEIRO, C.A.F. Teoria e Clima Urbano: Um projeto e seus caminhos. In: MONTEIRO, C.A.F. & MENDONÇA. F. (Org.) Clima Urbano. São Paulo: Editora Contexto, 2003.

NUCCI, J. C.; CAVALHEIRO, F. Cobertura vegetal em áreas urbanas: conceito e método. GEOUSP, São Paulo, n. 6, p. 29-36, 1999.

NUCCI, J. C. Qualidade Ambiental e Adensamento Urbano. 1. ed. São Paulo: Humanitas FFLCH USP, 2001. v. 1. 236p.

NIMA - Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente. Educação ambiental: formação de valores ético-ambientais para o exercício da cidadania no Município de Nova Iguaçu. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2010.

PEREIRA, T. C. G. Sustentabilidade e justiça ambiental na Baixada Fluminense: identificando problemas ambientais a partir das demandas ao Ministério Público. Cadernos Metrópole., v. 15, n. 29, p. 339-358, 2013.

ROCHA, R.T.; LELES, P. S. S.; OLIVEIRA NETO, S. N. Arborização de vias públicas em Nova Iguaçu, RJ: o caso dos bairros Rancho Novo e Centro. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 28, n.4, p. 599-607, 2004.

SERAFIM, L. A. R. Quintais Quilombolas e a Soberania Alimentar: Espaços Produtivos Familiares no Contexto da Expansão Urbana no Rio de Janeiro. 2018. Monografia - Departamento de Geografia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018. 62 f. : il.

SIQUEIRA, J.C.S. Fundamentos de uma Biogeografia Urbana para o Espaço Urbano. Pesquisas, Botânica, n59, p. 191-210. São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2008.

SHAMS, J. C. A.; GIACOMELI, D. C.; SUCOMINE, N. M. Emprego da Arborização na melhoria do Conforto Térmico nos Espaços Livres Públicos. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 4, n. 4, p. 1-16, 2009.

TOLEDO, F.S.; SANTOS, D.G. Espaços Livres de Construção. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, SP, v.3, n.1, p. 73-91, mar. 2008

VARGAS, K. B.; FARIAS, H. S.; SAMPAIO A. C.; BARROS, R. C.; SOUZA, R. L. N. A Floresta Nacional Mário Xavier como espaço livre de uso público no município de Seropédica – RJ. In: Gestão, percepção e uso de espaço públicos / Ana Paula Branco do Nascimento, Sandra Medina Benini e Érica Lemos Gulinelli (orgs). 1 ed. – Tupã: ANAP, 2019.

VIEIRA, P.B.H. Uma Visão Geográfica das Áreas Verdes de Florianópolis, SC: Estudo de Caso do Parque Ecológico do Córrego Grande (PECG). Universidade Federal de Santa Catarina (Trabalho de Conclusão de Curso), Florianópolis, SC, 2004.

Downloads

Publicado

2022-10-18

Edição

v. 37 n. 83 (2022): Dossiê de Biogeografia

Seção

Artigos

Licença

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.