Impedâncias viárias e desafios da comercialização dos produtores de frutas e hortaliças nos municípios de Nova Esperança do Sul, Santigo e Jaguari – RS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-5230.2022.e76380

Palavras-chave:

Fruticultura, Estradas Rurais, Relevo, Geotecnologias

Resumo

A atividade hortifrutícola tem ganhado nos últimos anos maior visibilidade por meio de programas de estímulo estadual, pois é uma importante fonte de emprego e renda para a economia de muitos municípios, já que o estado do Rio Grande do Sul (RS) figura como 4.º produtor nacional de frutas. Contudo, as más condições das estradas rurais vêm acarretando prejuízos, o que afeta a renda auferida pelos hortifruticultores. As condições das estradas, via de regra, dão-se em virtude da interação do homem com o espaço geográfico e com a sociedade, porque este impacta o meio, quando pressiona a abertura de novas estradas, as quais encontram no relevo algumas dificuldades de trafegabilidade. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo caracterizar e avaliar em que medida os atributos do relevo impactam o sistema viário e, consequentemente, o escoamento da produção nos municípios de Nova Esperança do Sul e Santiago – RS. Buscou-se, através do software livre QGIS, versão 3.4 LTR “Madeira”, aplicar uma série de ferramentas computacionais para a extração das variáveis contidas no MDE para computar as impedâncias. Inicialmente, realizou-se uma análise da produção hortifrutícola, demonstrando a necessidade de transportes. Além disso, observou-se que no período de 12 anos houve um aumento de 4,76% na produção, justificando, assim, a necessidade de um modal capaz de satisfazer tais necessidades. Por outro lado, observou-se que praticamente 80% das estradas nos respectivos municípios não são pavimentadas, sofrendo com buracos, erosões, ausência de drenagem, etc. impactando a trafegabilidade dos produtores e da comunidade em geral.

Biografia do Autor

Ricardo Vieira Silva, Universidade Federal de Santa Maria, RS

Dep. de Geociências, UFSM

Romário Trentin, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Possui Graduação em Geografia Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria (2004), Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria (2007) e Doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (2011). Pós-Doutorado em Geografia pela Le Mans Université, França (2021) pelo PrInt - Programa de Institucional de Internacionalização. Atualmente é professor titular do Departamento de Geociências, do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Maria. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geotecnologias, atuando principalmente nos seguintes temas: Bacia Hidrografia, Arenização, Geomorfologia, Uso e Ocupação da Terra, Caracterização Geoambiental e Áreas de Risco.

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Publicado

2022-12-14

Edição

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Artigos