Ocorrência de plintita como indicador de extensão ripária nas bases das encostas no contato com as planícies de inundação: estudo de caso da bacia do rio Apuaê-Mirim/RS

Autores

  • José Mario Leal Martins Costa Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-5230.2022.e81951

Palavras-chave:

Espaços ripários, Plintita, Bacia do Apuaê–Mirim, Bases de encostas, Hidrogeomorfologia

Resumo

Os ecossistemas ripários ocorrem na interface entre os ecossistemas aquáticos e os terrestres, e exercem importantes funções ambientais. Por constituírem áreas altamente dinâmicas e de grande variabilidade espacial, são difíceis de serem identificadas e delimitadas. O presente estudo trata da possibilidade em utilizar as ocorrências de plintita nas bases de encostas em contato com as planícies de inundação como indicadoras da extensão ripária na bacia do rio Apuaê-Mirim/RS. Das análises feitas, foi observado que a variação da umidade subsuperficial responsável pela formação da plintita nos pontos selecionados decorrem da influência das formas geométricas nas bases das vertentes, das tipologias de usos e coberturas da terra, e das características texturais dos solos ao longo dos perfis.

Biografia do Autor

José Mario Leal Martins Costa, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim

Graduado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Possui experiência em órgãos ambientais, com ênfase em Áreas Protegidas. Atualmente é docente do Curso de Geografia da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim/RS

Referências

ANDERSON, D. C. How landforms and geology affect the struture of riparian areas. 2012. 58f. Thesis (Master of Science in Land Rehabilitation) – Montana State University, Bozeman, 2012.

ATTANASIO, C. M. et al. Método para a identificação da zona ripária: microbacia hidrográfica do Ribeirão São João (Mineiros do Tietê, SP). Scientia Florestalis, Piracicaba, n. 71, p. 131-140, ago. 2006.

BENDA, L.; POFF, N. L.; MILLER, D.; DUNNE, T.; REEVES, G.; PESS, G.; POLLOCK, M. The network dynamics hypothesis: how channel networks struture riverine habitats. BioScience, v. 54, n. 5, p. 413-427, 2004.

CLERICI, N.; WEISSTEINER, C. J.; PARACCHINI M. L.; STROBL, P. Riparian zones: where green and blue networks meet – Pan European zonation modelling based on remote sensing and GIS. Luxembourg: Publications Office of the European Union, 2011.

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS. Mapa do Estado do Rio Grande do Sul: Geologia. Porto Alegre, RS: CPRM, 2008. Escala 1:750.000. Disponível em: www.cprm.gov.br/publique/media/geologia_basica/cartografia_regional/mapa_rio_grande_sul.pdf. Acesso em: 15 jan. 2017.

COSTA, J. M. L. M. A importância da geomorfologia nos estudos ripários: Estudo de caso da bacia do rio Apuaê-Mirim, norte do Estado do Rio Grande do Sul. 2020. 208 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020.

CURCIO, G. R.; UHLMANN, A.; SEVEGNANI, L.. A geopedologia e sua influência sobre espécies arbóreas de florestas fluviais. Colombo: Embrapa Florestas, 2006. (Embrapa Florestas: Documentos, 135).

DÖRING; TOCKNER. Morphology an dynamics of riparian zones. In: ARIZPE, Daniel; MENDES, Ana; RABAÇA, João E. (ed.) Sustainable riparian zones: a manegement guide. [s.l.]: Generalitat Valenciana, 2008. p. 24-29.

DUNNE, Thomas. Models of runoff processes and their significance. In: National Research Council. Scientific basis of water resource management. Washington: National Academy Press, 1982. p. 17-30. (Series Studies in Geophysics)

ERECHIM. Plano Ambiental Municipal. Erechim: [s.n.], 2011.

GREGORY, Stanley V.; LAMBERTI, Gary A.; MOORE, Kelly M. S. Influence of valley floor landforms on stream ecosystems. In: Proceedings of the California riparian systems conference: protection, management and restoration for the 1990's. Berkeley: USDA Forest Service, 1989. (General Technical Report PSW - 110).

HEATH, Ralph C. Basic ground-water hydrology. North Carolina: U.S.Geological Survey, 1983.

HIGGINS, C. G.; COATES, D. R.; BAKER, V. R.; DIETRICH, W. E.; DUNNE, T.; NORRIS, R. M.; KELLER, E. A.; PARKER, G. G.; PAVICH, M.; PÉWÉ, T. L.; ROBB, J. M.; ROGERS, J. D.; SLOAN, C. E. Landform development. In: The geology of North America: Hydrogeology. Boulder: The Geological Society of America, 1988. p. 383-400. (v. O2)

IBÁÑEZ, Juan Jose; COSIO, Francisco Javier M. Plintosoles: suelos con plintita. Jun. 2013. Disponível em: http://www.madrimasd.org/blogs/universo/2013/06/17/143891. Acesso em: 04 fev. 2019.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Folha SH.22 Porto Alegre e parte das Folhas SH.21 Uruguaiana e SI.22 Lagoa Mirim: geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação, uso potencial da terra. Rio de Janeiro: IBGE, 1986. (Projeto RADAMBRASIL)

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. . Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 1991.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. . Folhas Erechim/Lajes: Solos, 2003. Escala 1:250.000. Disponível em: https://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.htm. Acesso em: 21 set. 2017.

JESUS, Andrelisa S.; OLIVEIRA, Maria C.; LIMA, Cláudia V.; CARVAJAL, H. E. M.; MONSALVE, Gaspar; LONDOÑO, Rubén D.; CARVALHO, José C. Influência de aspectos geológicos, hidrogeológicos, geomorfológicos e da cobertura vegetal no estado de saturação do solo. In: CARVALHO, J. C.; GITIRANA JÚNIOR, G. F. N.; MACHADO, S. L.; MASCARENHAS, M. M. A.; SILVA FILHO, F. C. (org.). Solos não saturados no contexto geotécnico. São Paulo: Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica, 2015.

KOBIYAMA, Masato. Conceitos de zona ripária e seus aspectos geobiohidrológicos. In: Seminário de Hidrologia Florestal: Zonas Ripárias, 1, 2003, Alfredo Wagner. Anais […]. Alfredo Wagner: UFSC. p. 01-13.

KOVALCHIK, B. L.; CHITWOOD, L. A. Use of geomorphology in the classification of riparian plant associations in mountainous landscapes of Central Oregon, USA. Forest Ecology and Management, n. 33/34, p. 405-418, 1990.

LEMOS, Raimundo C.; SANTOS, Raphael D. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 3 ed. Campinas: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1996.

LIMA, W. P. Hidrologia florestal aplicada ao manejo de bacias hidrográficas. 2 ed. Piracicaba: USP, 2008.

LIMA, W. P.; ZÁKIA, M. J. B. Hidrologia de matas ciliares. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO-FILHO, H. F. (org) Matas ciliares: conservação e recuperação. 2 ed. São Paulo: FAPESP, 2001. p. 33-44.

MIGUEL, Pablo; DALMOLIN, Ricardo S. D.; PEDRON, Fabrício de A.; FINK, Jessé R; MOURA-BUENO, Jean M. Caracterização de plintitas e petroplintitas em solos da Depressão Central do Rio Grande do Sul. Ciência Rural, Santa Maria, v. 43, n. 6, p. 999-1005, jun. 2013.

MOMOLI, Renata Santos. Caracterização espacial dos sedimentos depositados numa zona ripária reflorestada. 2006. 107 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2006.

MOURA, Josilda Rodrigues da Silva; SILVA, Telma Mendes da. Complexo de rampas de colúvio. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (org.). Geomorfologia do Brasil. 4 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

NEIFF, Juan J. Bosques fluviales de la Cuenca del Paraná. In: ARTURI, M. F.; FRANGI, J. L.; GOYA, J. F. (org). Ecología y manejo de los bosques de Argentina. La Plata: EDULP, 2005.

NEIFF, Juan J. Planícies de inundação são ecótonos? In: HENRY, R. (org) Ecótonos nas interfaces dos ecossistemas aquáticos. São Carlos: RIMA, 2003.

MULLER, E. Mapping riparian vegetation along rivers: old concepts and new methods. Aquatic Botany, n. 58, p. 411-437, 1997.

POLVI, Lina E.; WOHL, Ellen E.; MERRITT, David M. Geomorphic and process domain control on riparian zones in the Colorado Front Range. Geomorphology, n. 125, p. 504-516, 2011.

ROSSATO, M. Suertegaray. Os climas do Rio Grande do Sul: variabilidade, tendências e tipologia. 2011, 253 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

SEN, Sekâi. Practical and applied hydrogeology. Oxford: Elsevier, 2015.

SONEGO, Rubia Cristina; BACKES, Albano; SOUZA, Alexandre F. Descrição da estrutura de uma Floresta Ombrófila Mista, RS, Brasil, utilizando estimadores não-paramétricos de riqueza e rarefação de amostras. Acta Botanica Brasilica. v. 21, n. 4, p. 943-955, dez. 2007.

THOMPSON, Louis M.; TROEH, Frederick, R. Los suelos y su fertilidad. 4 ed. Barcelona: Editorial Reverté, 2002.

VIDON, Philippe G. F.; HILL, Alan R. Landscape controls on the hydrology of stream riparian zones. Journal of Hydrology, n. 292, p. 210-228, 2004.

ZÁKIA, M. J. B. Identificação e caracterização da zona ripária em uma microbacia experimental: implicações no manejo de bacias hidrográficas e na recomposição de florestas. 1998. 100 f. Tese (Doutorado em Ciências da Engenharia Ambiental) – Universidade de São Paulo, São Carlos, 1998.

Downloads

Publicado

2022-05-31