Avaliação da fragilidade ambiental no município de Pelotas/RS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-5230.2020v35n76p210

Resumo

O objetivo deste trabalho é apresentar o mapeamento da fragilidade ambiental do município de Pelotas/ RS. Para tanto, utilizou-se do modelo metodológico de Ross (1994). Sobrepuseram-se planos de informações de declividades, tipos de solos e coberturas e usos da terra. As classes de fragilidade ambiental muito fraca (0,85%) e fraca (23,36%) se destacam ao Sul e Leste do município; a classe de fragilidade média (44%) espalha-se por toda área do município e as classes de fragilidade forte (19,43%) e muito forte (2,68%) se concentram ao Norte e Oeste. Neste trabalho, a necessidade de inserção de variáveis ambientais não previstas no modelo metodológico contribui para sua adequação às realidades locais e, também, para sua replicação regional.

Biografia do Autor

Solange Otte Nörnberg, Universidade Federal de Pelotas

Possui Graduação em Tecnologia em Geoprocessamento (2017) pela Universidade Federal de Pelotas/ UFPel e Mestrado em Geografia/Análise Ambiental (2019) pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pelotas/ UFPel.

Moisés Ortemar Rehbein, Universidade Federal de Pelotas

Possui Graduação em Estudos Sociais/ Licenciatura Plena em Geografia (2001) pela Universidade de Santa Cruz do Sul/ UNISC; Graduação em Geografia/ Bacharelado (2006) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul/ UFRGS; Mestrado em Geografia/ Análise Ambiental (2005) pela UFRGS e Doutorado em Geografia Física (2011) pela Universidade de São Paulo/ USP. Atualmente é professor Associado do Departamento de Geografia do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde se dedica ao ensino de Hidrogeografia, Sensoriamento Remoto e Geomorfologia. Faz parte do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPel. É colaborador no Laboratório de Estudos Aplicados em Geografia Física/ LEAGEF e coodenador do Núcleo de Estudos em Geotecnologias Aplicadas/ NUGEOTEC, trabalhando com temas de pesquisas em cartografia geomorfológica, geomorfologia urbana e morfodinâmicas do relevo. No CNPq, está vinculado ao Grupo de Pesquisa Geomorfologia e Meio Ambiente.

Referências

BARCELLOS, C. B. Fundamentação técnico científica para a criação da Unidade de Conservação Pontal da Barra do Laranjal, Pelotas, RS. Pelotas: UFPel, 2019, 88p.

CAMARGO, M. N.; KLAMT, E.; KAUFFMAN, J. H. Classificação dos solos usada em levantamentos pedológicos no Brasil. Boletim Informativo da Sociedade Brasileira Ciência do Solo, Campinas, v.12, n.1, p.11-33, jan./abr. 1987.

CONGALTON, R.; GREEN, K. Assessing the accuracy of remotely sensed data: principles and practices. Boca Raton: CRC/Taylor & Francis, 2009. 183p.

CUNHA, N. G. Solos – Pelotas. Pelotas: EMBRAPA/ CPACT, Ed. UFPEL, 1996. Escala 1:100.000.

CUNHA, N. G.; SILVEIRA, J. C. Estudo dos solos do município de Pelotas/ RS. Pelotas: EMBRAPA/ CPACT, Ed. UFPel, 1996. 50p.

DARONCH, M.C.; CABRAL, I.L.L.; PRADO, R. J. O impacto da rizicultura e pecuária sobre os Banhados do Jacaré e Grande - município de São Borja/RS. VI Simpósio Nacional de Geomorfologia / Regional Conference on Geomorphology. Goiânia - GO. 2006.

FLORENZANO, T. G. Iniciação em sensoriamento remoto. 2° edição de Imagens de satélite para estudos ambientais. São Paulo: Oficina de textos, 2007.

FRANCO, R. Composiciones Landsat en ARCGIS. Guía Básica. Bogotá, Colombia. 45p. 2017. Disponível em: https://mixdyr.wordpress.com/2017/06/30/composiciones-landsat-en-arcgis/. Acesso em: 03 de ago. 2019.

GUERRA. A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A.J.T; CUNHA. S. B (Orgs). Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.

HASENACK, H.; WEBER, E. J. (orgs.) Base cartográfica vetorial contínua do Rio Grande do Sul - escala 1:50.000. Porto Alegre: UFRGS Centro de Ecologia. 2010. 1 DVD-ROM. (Série Geoprocessamento n.3).

HERNANI, L. C. et al. A erosão e seu impacto. In: MANZATTO, C.V. et al. (Ed.). Uso agrícola dos solos brasileiros. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2002. p. 47-60.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Base cartográfica contínua do Brasil na escala de 1:250.000. 2013a. Disponível em: https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases-cartograficas/malhas-digitais.html. Acesso em: 27 de out. 2017.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo demográfico – 2010. Resultados do Universo relativos às características da população e dos domicílios. Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro, 2010.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Manual técnico de uso da terra. In: Manuais Técnicos em Geociências. Nº 7. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro/ RJ, 2013b.

LANDIS, J.R., KOCH, G.G. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics, v. 33, n.1, p. 159-174, 1977.

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS – INPE. Imagens do satélite Landsat, instrumento OLI 8. Brasil, Pelotas. Órbita/ Ponto 221/82. Obtidas em: 25 ago. 2017. Resolução 30m. Disponível em: http://www.dgi.inpe.br/CDSR/. Acesso em: 15 abr. 2017.

MEGIATO, E. I. Análise da fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do Arroio Pelotas, RS. 2011. 149f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS. Porto Alegre, RS. 2011.

MIURA, A. K. et al. Detecção de mudanças no uso das terras no município de Pelotas (RS, Brasil) no período de 1985 a 2007, por meio de processamento digital de imagens. In: Anais... Natal, Brasil, 25-30 abril 2009, INPE, p. 5997-6004.

NETTO, A.L.C. Hidrologia de encosta na interface com a geomorfologia. In: GUERRA, A.J.T; CUNHA. S. B (Orgs). Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.

OLIVEIRA, R. G. de; et. al. Análise da fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do córrego São João-MS utilizando geoprocessamento. Revista Brasileira de Cartografia, nº 64/1, p.15-24, 2012.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS. III PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE PELOTAS. Mapa temático: bacias hidrográficas e área de nascentes. Pelotas: Secretaria Municipal de Urbanismo, 2007. Escala 1:100.000. Projeção UTM. DATUM Sad-69.

RAMSAR CONVENTION SECRETARIAT. The Ramsar Convention Manual: A guide to the Convention on Wetlands (Ramsar, Iran, 1971). 6.ed. Gland, Switzerland: Ramsar Convention Secretariat, 2013.

REHBEIN, M. O.; DUTRA, D. S. Mapeamento geomorfológico da área de influência do Escudo Sul-rio-grandense no município de Pelotas. Estudos Geográficos: Revista Eletrônica de Geografia, 2019. No prelo.

ROSS, J. L. S. Análise empírica da fragilidade dos ambientes naturais e antropizados. Revista do Departamento de Geografia, n. 8. São Paulo: FFLCH- USP, 1994.

ROSS, J. L. S. Geomorfologia, Ambiente e Planejamento. Editora Contexto, São Paulo, 1990.

ROSS, J. L. S. Ecogeografia do Brasil: subsídios para o planejamento ambiental. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. 208p.

SANTOS, H. G. et al. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: EMBRAPA, 2018. 356p.

SECRETARIA DO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – SEMA/ UFSM-RS. Governo do Estado. Relatório final do inventário florestal contínuo do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2001. v. 1 e 2, 706p.

SILVA, A. R. E. da. Análise e mapeamento geomorfológico da área de influência da Planície Costeira do município de Pelotas/ RS. 2017. 181f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Programa de Pós-Graduação em Geografia, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2017.

SILVA, A. R. E. da; REHBEIN, M. O. Análise e mapeamento geomorfológico da área de influência da Planície Costeira de Pelotas (Rio Grande do Sul, Brasil). Revista Brasileira de Geomorfologia, São Paulo, v. 19, n 3. p.567-585, 2018.

SILVA, R. C. da. Estudo da dinâmica da fragilidade ambiental na Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, RS. 2016. Tese (Doutorado em Geografia), Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências. Salvador, 2016.

SPÖRL, C. Análise da fragilidade ambiental relevo-solo com aplicação de três modelos alternativos nas bacias do Rio Jaguari-Mirim, Ribeirão do Quartel e Ribeirão da Prata. 2001. Dissertação (Mestrado em Geografia Física). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.

SPÖRL, C. Metodologia para elaboração de modelos de fragilidade ambiental utilizando redes neurais. 2007. 185 p. Tese (Doutorado em Geografia Física), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

TRICART, J. Ecodinâmica. Rio de Janeiro: IBGE/SUPREN, 1977.

Downloads

Publicado

2020-10-27

Edição

Seção

Artigos