A aura aponta para o olho de quem vê – Conversando com a aura de Walter Benjamin em um mundo artístico digital
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2025.e103747Palavras-chave:
Walter Benjamin, Aura, Fonograma, Antropologia Digital, Reprodutibilidade técnicaResumo
Este ensaio propõe uma leitura expandida do conceito de aura desenvolvido por Walter Benjamin, explorando sua pertinência em contextos artísticos digitais, com foco na música digitalizada. A partir de excertos centrais das obras de Benjamin sobretudo “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” e “Pequena história da fotografia”, o texto argumenta que a aura não se dissolve necessariamente na reprodução técnica, mas se transforma e se desloca. Dialogando com autores contemporâneos, como Mazzarella, Pinney e John Berger, o ensaio analisa como a aura pode ser reativada em fonogramas digitais e objetos culturais circulantes nas plataformas de streaming. Exemplos emblemáticos como o filme “The Deer Hunter” e a obra de Bob Dylan são mobilizados como indícios das múltiplas formas de presença aurática na cultura de massa.
Referências
ADORNO, Theodore. Teoria Estética. Lisboa: Edições 70, 1979.
BEARD, Mary. Souvenirs of culture: Deciphering (in) the museum. Art History, [s.l.], v. 15, n. 4, p. 505-532, 1992.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre: L&PM Editora, 2018.
BENJAMIN, Walter. On Some Motifs in Baudelaire. 1939. Disponível em: https:// warwick.ac.uk/fac/arts/english/currentstudents/undergraduate/modules/fulllist/first/en122/ lecturelist2019-20/benjamin_motifs_in_baudelaire.pdf. Acesso em: 12 jun. 2020.
BENJAMIN, Walter. Little History of Photography. 1931. Disponível em: https://monoskop.org/ images/0/0e/Benjamin_Walter_1931_1999_Little_History_of_Photography.pdf. Acesso em: 12 jun. 2020.
BERGER, John. Ways of seeing. Nova Iorque: Penguin Books, 1972.
COOK, Nicholas. Music: A Very Short Introduction. Oxford: Oxford University Press, 2001.
DWDS – DIGITALES WÖRTERBUCH DER DEUTSCHEN SPRACHE. Aura. BerlinBrandenburgische Akademie der Wissenschaften. Disponível em: https://www.dwds. de/wb/Aura. Acesso em: 10 jun. 2025.
HANSEN, Miriam Bratu. Benjamin's Aura. Inquérito Crítico, Chicago, v. 34, n. 2, p. 336-375, 2008. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/10.1086/529060. Acesso em: 12 jun. 2020.
MAZZARELLA, William. O mana da publicidade de massa: prelúdio para uma antropologia perdida e encontrada. Tradução de The mana of mass publicity: prelude to an anthropology lost and found. [S.l.: s.n.], 2015.
MERRIAM-WEBSTER. Aura. MerriamWebster Dictionary, 2025. Disponível em: https://www.merriamwebster.com/dictionary/aura. Acesso em: 10 jun. 2025.
PINNEY, Christopher. The Indian Work of Art in the Age of Mechanical Reproduction: Or,
What Happens When Peasants “Get Hold” of Images. In: VANDEKERCKHOVE, Liesbeth; VAN ALPHEN, Ernst; BAL, Mieke (org.). What Images Do: How They Create, Destroy, and Transform. Leuven: Leuven University Press, 1997. p. 351
SEAVER, Nick. Captivating algorithms: Recommender systems as traps. In: BEER, David (ed.). The Social Power of Algorithms. London: Routledge, 2019. p. 19-34.
STRATHERN, Marilyn. Fora de contexto: as ficções persuasivas da antropologia. São Paulo: Terceiro Nome, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Ilha Revista de Antropologia

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores cedem à Ilha – Revista de Antropologia – ISSN 2175-8034 os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial Compartilhar Igual (CC BY-NC-SA) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico desde que adotem a mesma licença, compartilhar igual. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que para fins não comerciais e compartilhar igual.
