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  • Cronotopos e Covid-19: aproximações e leituras antropológicas sobre tempo, espaço durante e após pandemia

    2023-04-28

    Organizadoras: Rosamaria Carneiro (UnB), Sonia Weidner Maluf (UFSC) e Monica Franch (UFPB)

    O objetivo desta chamada é abordar os modos como noções, práticas e experiências de tempo e espaço foram vividas durante a pandemia de Covid-19. Se, por um lado, o mundo se viu conectado pela ameaça representada pelo Sars-CoV2, por outro, as interpretações, práticas e experiências nesse período foram diversas, espacial e temporalmente. No que tange ao espaço, casa e cidade foram bastante reconfiguradas, especialmente no primeiro ano de pandemia e durante os meses em que foi decretado isolamento social. O espaço da vida se viu drasticamente reduzido a alguns metros quadrados, a circulação de pessoas foi interrompida, escolas foram fechadas, popularizou-se o home office, o que comprimiu ou reajustou a experiência espacial para uma parte da população. Em contextos periféricos, ainda que o isolamento social não tenha sido possível, o ir e vir também se viu abalado, com o corte de transporte público, com a pobreza e o desemprego, configurando novos desenhos do espaço urbano. O tempo, por sua vez, também sofreu compressões e alongamentos: o tempo do trabalho e o tempo do descanso; da rua e da casa. A própria noção de passagem do tempo sofreu mudanças, sobretudo com o alongamento da experiência da pandemia no Brasil. Durante o isolamento, vivemos o tempo da espera, da demora, da extensão da quarentena, mas também da urgência. Decorridos três anos de pandemia, temos, de um lado, a sensação de que o tempo não passou e que vivemos uma espécie de lapso temporal e, de outro, uma intensificação da experiência vivida. Também como ocorreu com a configuração do espaço, a vivência do tempo esteve profundamente imbricada nos contextos sociais em que se vivenciou a pandemia, reflete desigualdades e está estreitamente ligada a marcadores sociais. Refletir sobre tempo e espaço torna-se fundamental para entender as diferentes experiências sociais da pandemia e as desigualdades que marcaram o enfrentamento dessa crise sanitária no Brasil.

    Tempo e espaço são categorias bastante tematizadas pela antropologia (CARSTEN; HUGH-JONES, 2013; BORGES, 2013; MUNN, 1992; GELL, 2014), que nos permitem discutir mudanças e continuidades na vida social. A irrupção de um “evento crítico” (DAS, 2020) como a pandemia da Covid-19 enseja alterações espaço-temporais cuja durabilidade e alcance precisam ser mais bem conhecidas. Inspiradas na categoria de cronotopo, proposta pelo filósofo e crítico literário Mikhail Bakhtin (2008, 1998), buscamos neste dossiê atrair contribuições que nos permitam compreender melhor os contornos e os sentidos das transformações espaço-temporais que ocorreram em diferentes contextos ao longo e após a crise deflagrada pela pandemia da Covid-19. Interessa-nos refletir sobre as experiências espaciais e temporais das pessoas durante a pandemia, em seus diversos momentos – 2020, 2021, 2022. Em relação ao espaço, buscamos compreender quais foram os desenhos de casa e de cidade vividos. Em relação à casa, interrogamos como se deram seus novos arranjos, o que foi dito sobre essa casa e o que ela significou: refúgio, perigo, aprisionamento, sobrecarga, etc. Em relação à cidade de modo geral, nos interessam espaços como os bairros, as ruas, as prisões, os hospitais, os meios de transporte e de mobilidade, os espaços que abrigam pessoas em situação de rua, os espaços rituais, ciberespaço, as esquinas, todos os lugares, enfim, que viveram suspensões, compressões e alargamentos no momento pandêmico e pós-pandêmico.

    No que tange ao tempo, buscamos compreender como foi vivenciada a pandemia enquanto duração e como prática temporal. Perdemos o tempo? Como construir o tempo das vidas e das relações nesse momento? Quais são os impactos desse vazio de tempo em nossas vidas? Que mudanças vieram para ficar e quais podem ser restritas ao auge da crise sanitária, política e econômica que vivemos no Brasil?

    Nesse sentido, textos que abordem a díade tempo-espaço conjunta ou isoladamente são muito bem-vindos. Esperamos análises que nos levem a diferentes espaços e tempos, contextos e possibilidades de sua interpretação, inclusive para questionarmos tais categorias e debater ideias como a de casa, cidade, curso da vida, saúde, trabalho, entre outras.

    Prazo de entrega dos manuscritos: 30 de janeiro de 2024.

    Saiba mais sobre Cronotopos e Covid-19: aproximações e leituras antropológicas sobre tempo, espaço durante e após pandemia
  • Cronotopos e Covid-19: aproximações e leituras antropológicas sobre tempo, espaço durante e após pandemia

    2023-04-28

    Organizadoras: Rosamaria Carneiro (UnB), Sonia Weidner Maluf (UFSC) e Monica Franch (UFPB)

    O objetivo desta chamada e? abordar os modos como noc?o?es, pra?ticas e experie?ncias de tempo e espac?o foram vividas durante a pandemia de Covid-19. Se por um lado, o mundo se viu conectado pela ameac?a representada pelo Sars-Cov2, por outro as interpretac?o?es, pra?ticas e experie?ncias nesse peri?odo foram diversas, espacial e temporalmente. No que tange ao espac?o, casa e cidade foram bastante reconfiguradas, especialmente no primeiro ano de pandemia e durante os meses em que foi decretado isolamento social. O espac?o da vida se viu drasticamente reduzido a alguns metros quadrados, a circulac?a?o de pessoas foi interrompida, escolas foram fechadas, popularizou-se o home-office, o que comprimiu ou reajustou a experie?ncia espacial para uma parte da populac?a?o. Em contextos perife?ricos, ainda que o isolamento social na?o tenha sido possi?vel, o ir e o vir tambe?m se viu abalado, com o corte de transporte pu?blico, com a pobreza e o desemprego, configurando novos desenhos do espac?o urbano. O tempo, por sua vez, tambe?m sofreu compresso?es e alongamentos: o tempo do trabalho e o tempo do descanso; da rua e da casa. A pro?pria noc?a?o de passagem do tempo sofreu mudanc?as, sobretudo com o alongamento da experie?ncia da pandemia no Brasil. Durante o isolamento, vivemos o tempo da espera, da demora, da extensa?o da quarentena, mas tambe?m da urge?ncia. Decorridos tre?s anos de pandemia, temos, de um lado, a sensac?a?o de que o tempo na?o passou e que vivemos uma espe?cie de lapso temporal e, de outro, uma intensificac?a?o da experie?ncia vivida. Tambe?m como ocorreu com a configurac?a?o do espac?o, a vive?ncia do tempo esteve profundamente imbricada nos contextos sociais em que se vivenciou a pandemia, reflete desigualdades e esta? estreitamente ligada a marcadores sociais. Refletir sobre tempo e espac?o torna-se fundamental para entender as diferentes experie?ncias sociais da pandemia e as desigualdades que marcaram o enfrentamento dessa crise sanita?ria no Brasil.

    Tempo e espac?o sa?o categorias bastante tematizadas pela antropologia (CARSTEN; HUGH-JONES, 2013; BORGES, 2013; MUNN, 1992; GELL, 2014), que nos permitem discutir mudanc?as e continuidades na vida social. A irrupc?a?o de um “evento cri?tico” (DAS, 2020) como a pandemia da Covid-19 enseja alterac?o?es espac?o-temporais cuja durabilidade e alcance precisam ser mais bem conhecidas. Inspiradas na categoria de cronotopo, proposta pelo filo?sofo e cri?tico litera?rio Mikhail Bakhtin (2008, 1998), buscamos neste dossie? atrair contribuic?o?es que nos permitam compreender melhor os contornos e os sentidos das transformac?o?es espac?o-temporais que ocorreram em diferentes contextos ao longo e apo?s a crise deflagrada pela pandemia da Covid-19. Interessa-nos refletir sobre as experie?ncias espaciais e temporais das pessoas durante a pandemia, em seus diversos momentos – 2020, 2021, 2022. Em relac?a?o ao espac?o, buscamos compreender quais foram os desenhos de casa e de cidade vividos. Em relac?a?o a? casa, interrogamos como se deram seus novos arranjos, o que foi dito sobre essa casa e o que ela significou: refu?gio, perigo, aprisionamento, sobrecarga, etc. Em relac?a?o a? cidade de modo geral, nos interessam espac?os como os bairros, as ruas, as

    priso?es, os hospitais, os meios de transporte e de mobilidade, os espac?os que abrigam pessoal em situac?a?o de rua, os espac?os rituais, ciberespac?o, as esquinas, todos os lugares, enfim, que viveram suspenso?es, compresso?es e alargamentos no momento pande?mico e po?s-pande?mico. No que tange ao tempo, buscamos compreender como foi vivenciada a pandemia enquanto durac?a?o e como pra?tica temporal. Perdemos o tempo? Como construir o tempo das vidas e das relac?o?es nesse momento? Quais sa?o os impactos desse vazio de tempo em nossas vidas? Que mudanc?as vieram para ficar e quais podem ser restritas ao auge da crise sanita?ria, poli?tica e econo?mica que vivemos no Brasil? Nesse sentido, textos que abordem a di?ade tempo-espac?o conjunta ou isoladamente sa?o muito bem-vindos. Esperamos ana?lises que nos levem a diferentes espac?os e tempos, contextos e possibilidades de sua interpretac?a?o, inclusive para questionarmos tais categorias e debater ideias como a de casa, cidade, curso da vida, sau?de, trabalho, entre outras.

    Prazo de envio dos manuscritos: 30 de setembro de 2023

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  • Chamada de artigos para o Dossiê “Novos Debates na formação em antropologia”

    2023-03-06

    A Iha - Revista de Antropologia, anuncia chamada de artigos para o dossiê “Novos Debates na formação em antropologia” organizado por Luiz Couceiro e Amurabi Oliveira. Os artigos devem ser submetidos até 20 de abril de 2023, diretamente no site da revista. Abaixo a descrição da proposta:

    "O ensino de Antropologia tem incorporado cada vez mais novos debates, especialmente no que diz respeito aos diversos marcadores de diferença, tais como raça/cor, gênero, sexualidade, classe, religiosidade, “deficiência”/níveis de autonomia etc. Queremos dizer com isso que pensar o que a antropologia tem a oferecer em sua dimensão formativa atualmente nos remete a novos tópicos, assim como as produções elaboradas a partir de novos agentes que estão nesse campo, considerando a expansão da presença de antropólogos e antropólogas negros, indígenas, LGBTQIA+, e demais oriundos(as) de populações menos assistidas e historicamente vilipendiadas por ações do poder público, e também de grupos econômicos privados.

    Neste dossiê pretendemos agregar diferentes contribuições de profissionais que têm desenvolvido reflexões acerca da formação em Antropologia. Abrimo-nos aos mais diferentes debates, envolvendo as distintas possibilidades formativas, voltando-se tanto para a formação de antropólogos(as), quanto de profissionais de outras áreas. Assim sendo, indicamos  alguns tópicos que podem vir a ser explorados neste dossiê: a) formação em antropologia para cientistas sociais e antropólogos(as) no ensino superior; b) produção de conhecimento no Sul Global e seu impacto na formação antropológica; c) formação em antropologia na educação básica e em outros espaços formativos; d) interdisciplinaridade e antropologia; e) trajetórias formativas de antropólogos(as); f) história do ensino da antropologia no Brasil e no exterior; g) atuação de antropólogos (as) em diferentes espaços formativos; h) produção antropológica de pesquisadores (as) negros, indígenas, LGBTQIA+, com deficiência etc i) formação antropológica em diálogo com raça, classe, gênero, sexualidade e deficiência em perspectiva interseccional."

     

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