A escada de Wittgenstein: ou como deixar de quebrar a cabeça com a eficácia simbólica

Autores

  • Fernando Giobellina Brumana Universidade de Cadiz

Resumo

A questão da "eficácia simbólica" revela o caráter fantasmagórico, especular e constitutivo do sujeito. Para a Antropologia, tal pergunta mostra-se não como uma questão periférica ou pitoresca mas como indicador estratégico do nível mais constitutivo de toda interrogação antropológica - ou seja, a prioridade da significação sobre o sujeito. A significação correlata a seu surgimento abrupto e total. Tal irrupção é, ao mesmo tempo, a da separação entre Significante e significado e entre dois tipos de mulheres (instaurada pela proibição do incesto). Essa dupla e coincidente cisão (materialização do corte natureza/cultura) é o ponto de partida de toda classificação. Ordem classificatória que abre com suas articulações o campo do sagrado.

Biografia do Autor

Fernando Giobellina Brumana, Universidade de Cadiz

Fernando Giobellina Brumana é antropólogo e professor titular na Faculdade de Filosofia e Letras, universidade de Cádiz, Espanha. Tem desenvolvido trabalho de campo no Brasil, sobre cultos de possessão como a Umbanda, o Candomblé e o Catimbó. Tem igualmente desenvolvido trabalho sobre aspectos teóricos dos sistemas classificatórios e sobre a história do pensamento social francês.

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Publicado

1999-01-01

Como Citar

BRUMANA, Fernando Giobellina. A escada de Wittgenstein: ou como deixar de quebrar a cabeça com a eficácia simbólica. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 1, p. 7–34, 1999. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/14433. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos