Kesuita, uma metáfora mítico-histórica
Resumo
Crenças guarani como Nhanderu Mirim, Terra sem mal, são vistas aqui como proposições axiomáticas não demonstráveis, como o sintético a priori kantiano. O mito é uma teoria oral da prática, que utiliza os astros e os elementos da natureza, como animais, vegetais etc., como ferramentas de conceitualização, ou, como diz Lévi-Strauss (1964), “suportes ideográficos”. Os mitos partem do homogeneidade inicial ou seja, do contínuo, em direção à pluralidade heterogênea, ou o descontínuo. Neste artigo pretendemos demonstrar que o discurso mítico pode ter uma ligação indireta ou mesmo direta com a realidade empírica. Ele é um modelo que fornece ferramentas conceituais, mas que vê a realidade de maneira provisória. A partir desta ótica, o mito pode ser visto como uma forma volátil de discurso, produzido pela sociedade, sobre a sociedade, e dirigido à sociedade.Downloads
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