Império e cavalaria na Guerra do Contestado

Autores

  • Pedro Agostinho Universidade Federal da Bahia

Resumo

Centra-se este ensaio em problemas de ritual e simbolismo que têm, como pano de fundo, as tradições — escritas, e, ou, oralmente transmitidas e repassadas —, da gesta carolíngia, em algumas de suas variantes, vivas no planalto central e meridonal do Brasil, e periodicamente reatualizadas nas Cavalhadas; das festas do Divino Espírito Santo, levadas, na Idade Média, do reino de Aragão a Portugal, deste aos Açores e dali à Ilha e ao interior de Santa Catarina; dos ecos do Apocalipse de João; e da periodização histórico-teológica de Joaquim de Flora. Insere-se portanto, no mais amplo campo do messianismo-profetismo ítalo-íbero-luso-brasileiro, mas restringe-se deliberadamente, em sua análise, aos fenômenos religiosos que emergiram durante a Guerra do Contestado (1912-1916). Para tanto, vale-se de um espectro de elementos que, simbólicamente apropriados e articulados entre si pela população sublevada, lhe permitiram organizar-se em torno de um referencial, ideológico e ritual, que aqui se tenta elucidar e decifrar. E que teria por fim último instalar na terra, num “novo século”, o reino de uma “Nova Jerusalém”.

Biografia do Autor

Pedro Agostinho, Universidade Federal da Bahia

Graduado em História pela Universidade Federal Fluminense (1962) e mestre em Antropologia pela Universidade de Brasília (1968). Atualmente é professor adjunto IV do Departamento de Antropologia e Etnologia da Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Simbolismo e Ritual, atuando principalmente nos seguintes temas: etnologia indígena e política indigenista.

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Publicado

2002-01-01

Como Citar

AGOSTINHO, Pedro. Império e cavalaria na Guerra do Contestado. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 4, n. 2, p. 025–049, 2002. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/15119. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos