Império e cavalaria na Guerra do Contestado
Resumo
Centra-se este ensaio em problemas de ritual e simbolismo que têm, como pano de fundo, as tradições — escritas, e, ou, oralmente transmitidas e repassadas —, da gesta carolíngia, em algumas de suas variantes, vivas no planalto central e meridonal do Brasil, e periodicamente reatualizadas nas Cavalhadas; das festas do Divino Espírito Santo, levadas, na Idade Média, do reino de Aragão a Portugal, deste aos Açores e dali à Ilha e ao interior de Santa Catarina; dos ecos do Apocalipse de João; e da periodização histórico-teológica de Joaquim de Flora. Insere-se portanto, no mais amplo campo do messianismo-profetismo ítalo-íbero-luso-brasileiro, mas restringe-se deliberadamente, em sua análise, aos fenômenos religiosos que emergiram durante a Guerra do Contestado (1912-1916). Para tanto, vale-se de um espectro de elementos que, simbólicamente apropriados e articulados entre si pela população sublevada, lhe permitiram organizar-se em torno de um referencial, ideológico e ritual, que aqui se tenta elucidar e decifrar. E que teria por fim último instalar na terra, num “novo século”, o reino de uma “Nova Jerusalém”.Downloads
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