Nem plural, nem singular: ontologia, descrição e a Nova Etnografia Melanésia
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2010v12n1-2p103Resumo
Neste ensaio procuro esclarecer aquilo que pode ser tomado como ‘ontologia’ na Melanésia, à luz especialmente das recentes críticas de Michael Scott sobre a Nova Etnografia Melanésia (NEM). Faço esse caminho a partir de conceitos melanésios do corpo e, em particular, da minha própria etnografia com falantes da língua Marind das terras baixas do Sul da Nova Guiné. Afirmo que o que a literatura NEM possui em comum é a tentativa de afastar/evitar ou deslocar a função que ‘natureza’ e ‘contexto’ operam nas práticas ‘modernas’ de conhecimento antropológico, e, em troca, substituí-las por algo parecido com um ‘símbolo negativo’. Ao fazer isso, argumento que, para a Melanésia, é o corpo que funciona como um tipo de símbolo negativo.
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